O Sebrae no Distrito Federal e o Correio Braziliense promoveram, na tarde da última quinta-feira, 2 de dezembro, um talk show inspirado na mais recente edição do Sebrae Inova Digital. A realização foi mediada pelo editor de Política e Economia do jornal, Carlos Alexandre de Souza, e contou com a participação do superintendente do Sebrae no DF, Valdir Oliveira; do consultor em Inovação e Gamificação, Iuri Costa; e da decana de Pesquisa e Inovação da Universidade de Brasília (UnB), Maria Emília Telles.
O Sebrae Inova Digital 2021 foi realizado entre os dias 23 e 25 de novembro e reuniu especialistas em temas como empreendedorismo, inovação e tecnologia, para partilhar conteúdos e propor reflexões para milhares de pessoas.
Valdir Oliveira deu início à transmissão comentando sobre o porquê de se realizar o Sebrae Inova Digital, principalmente após as mudanças trazidas e consolidadas pela pandemia de covid-19. “Com a pandemia, os hábitos de consumo passaram por mudança e a tomada de decisão de consumo incorporou a agilidade e comodidade. Então, quem consumia de uma forma passou a consumir de outra forma”, observou o superintendente do Sebrae no DF, que também ressaltou os números das edições anteriores do evento. No ano passado, por exemplo, a realização reuniu, também de forma virtual, mais de 17 mil inscritos, enquanto que na edição deste ano, esse número saltou para mais de 25 mil pessoas.
O superintendente do Sebrae no DF também salientou durante a transmissão que a instituição tem honrado sua missão estratégica e orientado micro e pequenos empreendedores locais acerca da presença digital. “Muita gente trava no contato com esse novo mundo. Se você não se inserir nele, terá enormes dificuldades de continuar no mercado”, acrescentou ele.
Na sequência, o consultor Iuri Costa comentou sobre uma das novidades pensadas pelo Sebrae no DF para a edição 2021 do Sebrae Inova Digital, o Inova Game. Trata-se de uma jornada de conhecimento e interação que foi arquitetada pelo Sebrae no DF com o objetivo de proporcionar uma experiência ainda mais completa ao público inscrito na realização.
Iuri explicou que a estratégia de gamificação é algo que está cada vez mais presente na rotina das sociedades e que o ato de gamificar não é a mesma coisa que jogar ou transformar alguma coisa em um jogo, mas sim de um artifício para engajar e motivas pessoas. “As pessoas acreditam que a gamificação é só um jogo. Mas, a realidade é que 75% é psicologia e apenas 25% é entretenimento”, pontuou ele.
A necessidade de reinvenção, algo que foi aguçado com a chegada da pandemia, foi um dos assuntos profundamente explorado pelo Sebrae Inova Digital na edição deste ano. Iuri compartilhou o exemplo de seu trabalho como consultor, antes realizado de forma totalmente presencial, e salientou que graças a essa imposição forçada pelo avanço da covid-19, pôde encontrar migrar para o ambiente digital e assim tornar sua marca ainda mais competitiva e conhecida dentro de um mercado que se mostra cada vez mais desafiador. “Até o ano passado, trabalhávamos com turmas de até 32 pessoas. Precisamos nos reinventar por conta da pandemia e, somente em 2020, alcançamos mais de 10 mil alunos, utilizando plataformas o digital. Esse número é muito mais do que já tínhamos registrado em nove anos de empresa”, contou.
Em seguida, a decana de Pesquisa e Inovação Maria Emília Telles apresentou dados sobre as possiblidades que a academia pode, em diversos níveis, ajudar na inovação de governos e empresas. “Nós temos uma base muito sólida de produção científica e tecnológica. Neste contexto, buscamos contribuir mais fortemente para produção de propriedade intelectual e empreendedorismo da região”, afirmou Maria Emília.
Ainda na avaliação da decana da UnB, é importante criar pontes, por meio de normativos e leis, para conectar o universo acadêmico com a realidade dos empresários e da comunidade em geral, com apoio financeiro, por meio de distribuição e manutenção de bolsas acadêmicas voltadas para pesquisas. A palavra chave é colaboração.
Em um segundo momento da live, Valdir Oliveira comentou sobre a necessidade mudar a matriz de desenvolvimento do Distrito Federal, incluindo o mercado de inovação e sobre buscar matéria prima e mão de obra especializada dentro das universidades, mesmo com as dificuldades de diálogo entre o setor produtivo e a academia. “As universidades buscam quebras de paradigmas que estão distantes da realidade dos negócios. O empresário é pragmático; se ele não entender que reflete no bolso dele, ele foge. Temos que entrar no meio do caminho pra ajudar a traduzir. O Vale do Silício conseguiu”, observou o superintendente do Sebrae no DF.
Iuri Costa falou sobre como funcionam sabedoria e conhecimento. Para ele, a academia está ligada ao conhecimento, com separação de dados em grupos intencionais de estudos. Já as empresas estão no nível de sabedoria, que é o próximo passo. Por exemplo, o setor setor produtivo busca o que a academia produz em matéria prima e coloca em prática, apontando o que funciona apenas academicamente ou que pode ser aplicado no dia a dia. Só que essa aplicabilidade gera novos dados que precisam ser estudados para gerar novos conhecimentos, criando um ciclo.
O consultor em inovação e gamificação usou como gancho a palavra-chave, colaboração, que foi destacada pela professora Maria Emília e explicou sobre a necessidade da interação entre conhecimento e sabedoria. “Quem detém o conhecimento não quer ouvir a sabedoria. E quem tem a sabedoria acha que não precisa do conhecimento. É preciso diminuir o abismo entre os setores”, analisou
Valdir também destacou que a linguagem que o empresário entende é o resultado, que é necessário que a universidade busque o empresário com informações que ele possa entender. Já Maria Emília destacou que há a necessidade mesclar o apoio do governo com as duas áreas, amparando tanto os empresários quanto os estudantes.
O superintendente do Sebrae Distrito Federal terminou a transmissão falando sobre outro evento que pode proporcionar um avanço sólido para o tecido produtivo da Capital Federal, a Web Summit, maior evento de tecnologia e inovação do mundo. No fim do mês passado, uma comitiva liderada por Patrick Cosgrave, CEO da realização, esteve na cidade para avaliar a real possibilidade da capital sediar, em 2023, uma edição do evento internacional de tecnologia.
Para Valdir, “se o governador Ibaneis Rocha conseguir trazer a Websumit para Brasília, será uma ótima oportunidade para ter um estímulo externo, para que o ecossistema aqui amadureça e se prepare para o futuro”, finalizou.
A íntegra da transmissão está disponível no Canal do Correio Braziliense no YouTube.
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