Agência Sebrae de Notícias

Foi durante sua adolescência, por volta dos 15 anos de idade, que Alessandra Wendling Simões se descobriu empreendedora. Hoje, aos 40 anos e após cultivar uma série de hábitos e práticas, mas, sobretudo, ficar antenada às tendências de mercado, a brasiliense administra duas empresas e tem feito sucesso em meio à pandemia com a produção de caixas customizadas para datas e períodos comemorativos, como acontece neste mês com as tradicionais celebrações juninas.

O caminho percorrido por Alessandra no empreendedorismo foi iniciado no ano de 1998, em parceria com sua irmã, Regina. As duas tinham paixão por crianças e trabalhavam animando festas e eventos infantis realizados aos finais de semana. Isso permitiu à Alessandra trabalhar na promoção de eventos em órgãos governamentais, concluir a graduação em nutrição no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) e também buscar capacitações e conteúdos para amadurecer a gestão da empresa junto ao Sebrae no Distrito Federal. “O Sebrae já desenvolvia o Circuito Empreendedor naquela época. Achei uma iniciativa bacana e todo começo de ano eu ia até a sede conferir a programação. Sempre aproveitei os cursos e oficinas para evoluir profissionalmente”, recorda a empreendedora.

Contudo, devido a outras oportunidades profissionais, a sociedade entre as irmãs foi desfeita anos depois, na segunda metade da década de 2000 e a empresa foi fechada. Alessandra, por sua vez, continuou a tocar o negócio na informalidade e agiu assim até 2011, quando ficou sabendo das vantagens de se formalizar como microempreendedora individual (MEI). Ela procurou novamente o apoio do Sebrae, formalizou sua empresa, a KR3 Animação Infantil, e começou a expandir sua marca no Distrito Federal, chegando a participar de projetos sociais em que era responsável por garantir a diversão de crianças brasilienses utilizando palhaços, promovendo diversas oficinas e realizando pinturas de rostos, por exemplo.

Em meio a esse processo de expansão da marca, Alessandra continuou a buscar por capacitações junto ao Sebrae. Participou de cursos, oficinas, palestras e assim conseguiu planejar as finanças e estabelecer estratégias de divulgação, o que impulsionou ainda mais o crescimento do negócio.

Os anos se passaram. Em março de 2020, Alessandra, assim como milhares de outros empreendedores brasileiros, foi surpreendida com a chegada da pandemia da Covid-19 e consequentemente com a proibição de eventos de qualquer natureza. O cenário ficou ainda pior no início do mês seguinte, quando a empreendedora recebeu a notícia que o marido, representante comercial de uma multinacional, havia sido demitido. “A nossa família tem cinco pessoas. Eu fiquei desesperada e logo comecei a pensar em alternativas, a pesquisar, até que assisti a um vídeo de uma mulher fazendo caixas customizadas. Conversei com minha filha e resolvemos tentar algo parecido”, conta.

Com a retomada das atividades de alguns setores do comércio brasiliense, a empreendedora foi às ruas, comprou material, montou a sua primeira caixa e percebeu que a partir daquele momento poderia abrir um novo negócio. Alessandra, então, teve a ideia de criar um perfil no Instagram para mostrar as caixas que produzia e decidiu preenchê-las com produtos costumeiramente usados nas tradicionais cestas de cafés da manhã, como iogurtes, sucos, biscoitos, flores e chocolates.

O desejo por inovar, no entanto, falou mais alto e a empreendedora criou uma “caixa explosiva”, contendo apenas produtos feitos artesanalmente em sua casa, conforme a preferência de cada cliente. “Acredito que quando a gente entra em um mercado, é preciso ter algo diferenciado, ou então vai ser só mais um no meio da multidão. Gosto de oferecer coisas diferenciadas, novas e a possibilidade de customização foi a minha aposta”, resume Alessandra, que batizou sua nova proposta de negócio com o nome de Alew sabores.

Inicialmente, a ideia foi divulgada apenas para amigos próximos à família e, como estava próximo ao Dia dos Namorados, muitos demonstraram interesse em adquirir as caixas e cestas para presentear a pessoa amada. A procura foi tão alta que superou as expectativas e forçou a empreendedora a se preparar para as festas juninas que, devido à pandemia, já estavam programadas para acontecer no conforto dos lares de milhões de brasilienses.

Alessandra, rapidamente, desenvolveu um cardápio contendo itens como arroz carreteiro, bolo de milho, caldo verde, canjica, chocolate quente, doce de abóbora, doce de paçoca e quentão. A formação em nutrição colaborou com esse aspecto e também serviu como atrativo para clientes, já que ela se preocupou com a qualidade e com o teor nutricional de cada um dos alimentos que utilizava em suas receitas, e demonstrava isso nas redes sociais.

Concluído o período das celebrações juninas, o negócio havia ganhado ainda mais proporção e já envolvia toda a família de Alessandra. As vendas foram tão expressivas que fidelizaram clientes e fizeram com que Alessandra aprimorasse ainda mais a experiência do cliente. Atualmente, ela oferece “caixas explosivas” em quatro tamanhos diferentes e que podem ser compradas e consumidas em qualquer época do ano. A marca também dispõe de cestas tradicionais para o café da manhã, lanche da tarde, com queijos e vinhos, petiscos com cerveja, fondue frio com champanhe, além das cestas tradicionais.

Os planos de Alessandra para o futuro são ambiciosos e envolvem as duas marcas administrada por ela. O objetivo é conciliar as duas atividades, envolvendo cada vez mais a família no empreendedorismo e promover um trabalho mais forte na área de marketing da Alew sabores, fazendo com que cada vez mais brasilienses conheçam a qualidade e o apreço com que são feitas as “caixas explosivas”.

Embora não tenha ido presencialmente ao Sebrae nos últimos meses em razão da pandemia, a empreendedora diz ter inúmeros motivos para agradecer ao trabalho desenvolvido pela instituição. “Todos os conteúdos a que tive acesso até hoje foram fundamentais para melhorar minhas habilidades empresariais. Até mesmo quando precisei de coisas simples no meu dia a dia fui bem atendida e orientada e isso me faz procurar o Sebrae sempre que preciso”, completa Alessandra.

Informações para a imprensa

Paulo César Gusmão Gomes

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