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Personal Trainer usa o empreendedorismo como forma de reinvenção na pandemia

Elaine Cristina Sacramento dos Santos foi desligada da empresa a qual trabalhava dias antes da chegada da Covid-19. Mas ela investiu em capacitação e, com o apoio do Sebrae no DF, hoje oferece aulas presenciais e virtuais para interessados em manter corpo e mente em equilíbrio
Por José Maciel | Ex-Libris Comunicação Integrada
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Por mais de 20 anos, Elaine Cristina Sacramento dos Santos, 50 anos, trabalhou como professora, gestora e também se dedicou a dar aulas de personal trainer em uma única academia de Brasília.  O conforto de ter a carteira assinada e os direitos trabalhistas assegurados também acompanhou a carioca durante esse tempo. No entanto, a chegada da pandemia e o início das medidas de restrições adotadas para frear o avanço da Covid-19 coincidiram com o ponto final nessa trajetória e induziram a profissional de educação física a vislumbrar uma jornada dentro do empreendedorismo.

O caminho percorrido por Elaine até a consolidação do seu próprio negócio começou assim que ela concluiu a graduação em educação física na Universidade Católica de Brasília (UCB), em 1997. Àquela época, o mercado de trabalho era totalmente diferente dos dias atuais e a jovem carioca procurou inicialmente por seu lugar ao sol ministrando aulas de natação e hidroginástica em diversas academias brasilienses.

O bom desempenho profissional logo levou Elaine a ser notada e contratada pela Companhia Athletica de Brasília, lugar em que migrou sua área de atuação, começando, enfim, a instruir sobre a musculação. “Aos poucos, fui migrando da natação e da hidroginástica. Trabalhar com educação física era bem diferente naquela época, pois as pessoas não tinham entendimento sobre a importância do exercício físico. Era algo ligado à estética; muita gente não fazia ideia que a ao praticar uma atividade física era possível aumentar a reserva de saúde e combater doenças como hipertensão, ansiedade e depressão”, relembra.

As culturas, as tradições e as necessidades das pessoas, no entanto, mudaram com o passar dos anos, fazendo Elaine alcançar a maturidade profissional. Nesse meio tempo, ela inclusive chegou a cogitar abrir um negócio próprio em parceria com sua irmã, Alessandra Machado.  A intenção da dupla era apostar em uma franquia de chocolates, mas acabaram desistindo.

Mas, como a vida é repleta de imprevistos e alguns são impossíveis de se contornar, a segurança de ter um emprego com carteira assinada chegou ao fim para Elaine em 11 de março do ano passado, mesmo dia em que foi decretada a pandemia de Covid-19. Quatro dias mais tarde, ela foi novamente surpreendida com as primeiras restrições impostas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e foi obrigada a se reinventar completamente.

A educadora física não pensou duas vezes e usou sua reserva financeira para se capacitar. Ainda naquele mês iniciou uma qualificação em saúde funcional – método SAFE – e voltou sua atenção para trabalhar não somente o corpo, mas sobretudo a mente de quem prática atividade física. Tudo o que ela assimilou na capacitação foi logo colocado em prática, graças às pessoas que a procuraram interessadas em praticar atividades físicas por meio de aulas virtuais. A demanda foi aumentando dia após dia, na medida em que as pessoas iam percebendo que exercícios físicos fortalecem a imunidade, o que tem uma importância significativa no combate ao vírus que provoca a Covid-19.

Com o aumento da procura, Elaine compreendeu que era possível empreender na área em que era graduada e se formalizou como microempreendedora. Assim que recebeu seu CNPJ, a educadora física foi informada sobre os vários benefícios previdenciários que contemplam a categoria, tais como auxílio-doença, salário-maternidade, aposentadorias por idade e invalidez e pensão por morte, entre outros. “São benefícios que trazem uma sensação de segurança. Pago uma quantia que cabe no meu orçamento mensal e tenho garantido direitos que avalio como fundamentais para qualquer pessoa. Hoje me pergunto o porquê de não ter feito isso há alguns anos”, conta.

Antes de formalizar sua atividade, Elaine já conhecia o trabalho e a importância do Sebrae para o desenvolvimento de pequenos negócios. Isso foi somado ao estímulo de sua prima, Michelle Florenço, que tinha feito um curso na instituição e falou sobre grupos que o Sebrae no Distrito Federal havia criado no WhatsApp com o objetivo de compartilhar assuntos relacionados à gestão empresarial e apoiar empreendedores interessados em melhorar a gestão e inovar nas suas empresas em tempos de crise.

A participação de Elaine nos grupos facilitou o acesso às soluções oferecidas pela instituição. Ela pôde concluir cursos nas áreas financeira, vendas, precificação e já está certa de que vai participar de uma capacitação voltada para plataformas digitais. A empreendedora também já participou do Seminário Empretec, há alguns anos, enquanto ainda estava com a carteira assinada e pretendia abrir um negócio em sociedade com a irmã. A solução proporciona o amadurecimento de características empreendedoras, aumentando a competitividade e as chances de permanência no mercado.

Embora tenha pouco tempo na cena empreendedora, Elaine é só elogios ao trabalho desenvolvido pelo Sebrae. Na avaliação dela, a instituição teve uma profícua contribuição na formação como empreendedora. “Não há nada igual ao Sebrae. Eles me ajudaram a ter uma postura, um pensamento diferenciado em pouco tempo. Como profissional de educação física eu só pensaria em dar aulas e mais aulas e não me atentaria a como gerir o meu trabalho como personal trainer da maneira correta”, pontua.

Hoje, 14 meses após ter deixado o seu trabalho com carteira assinada e ter sentido um frio na barriga em relação ao seu futuro, Elaine se diz feliz e realizada graças ao empreendedorismo. Ela segue trabalhando virtual, mas também dá aulas presencialmente ao ar livre no DF.

As aulas de Elaine, inclusive, cruzam o Atlântico e proporcionam saúde e bem-estar a uma aluna que mora na França e que algumas vezes na semana alinha o fuso horário para poder treinar com a personal trainer carioca.

“O que penso para o futuro? Quero ter meus alunos consolidados; ajudá-los a melhorar seus aspectos físicos, mentais, podendo trabalhar de onde estiver, continuar fazendo meus horários e com qualidade de vida. Futuramente, penso em elaborar um produto para a minha área, algo que seja inovador e que me faça sentir ainda mais realizada”, conclui a empreendedora.

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Informações para a imprensa

Paulo César Gusmão Gomes

Gerente ASCOM – Assessoria de Comunicação

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Christiane de Souza Gnone 

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