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Café com Negócios & Conexões chega à marca de 20 edições

Encontro mensal de agentes do ecossistema de inovação do DF ocorreu nas instalações do Hub da Industria no Distrito Federal, no Parque Tecnológico de Brasília
Por Clip Clap Comunicação
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O espaço do Hub da Indústria, no segundo andar do Parque Tecnológico de Brasília (BioTIC), foi palco, no dia 10 de julho, da 20ª edição do Café com Negócios & Conexões. Pela segunda vez realizado fora do Sebraelab – espaço também situado no parque tecnológico – o evento reuniu representantes do ecossistema de inovação do Distrito Federal para mais um encontro de debates e propostas para estimular o desenvolvimento do ecossistema de inovação da capital federal.

Desde o mês de junho, o Café com Negócios & Conexões tem levado sua programação para diferentes ambientes inovadores do DF. O primeiro espaço a sediar uma edição além do Sebraelab foi a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF (Secti/DF), no Setor Comercial Sul. Nesta edição, o evento teve como anfitriã a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra). Natasha Dias e Heloyse Seabra, analistas da área de Inovação da federação, abriram a programação apresentando o Hub da Indústria do Distrito Federal, iniciativa capitaneada pela Fibra e cujo objetivo é apoiar a transformação digital das empresas da capital federal. “A missão é desenvolver fornecedores locais e promover oportunidades de negócios para empresas do Distrito Federal, aumentando sua participação no fornecimento de bens e serviços às grandes empresas já instaladas ou que venham a se instalar na região”, comentaram as analistas.

Natasha e Heloyse falaram, ainda, sobre detalhes da plataforma de desenvolvimento de fornecedores do hub, criada a partir de problemas identificados no DF. Elas também informaram os presentes ao evento sobre a Jornada Nacional de Inovação da Indústria, evento que acontecerá em setembro no BioTIC.

Foto: Focus Produção de Imagem

Na sequência das apresentações, o encontro detalhou um dos programas de destaque do ecossistema local de inovação. Entre eles, o Programa ALI (Agentes Locais de Inovação). A solução, disponibilizada semestralmente pelo Sebrae no Distrito Federal, tem como objetivo fortalecer a produtividade, estimular a inovação e aumentar o lucro de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) que atuam nos setores do comércio, serviços e indústria.

O programa encerrou recentemente o primeiro ciclo de 2025. No total, 432 empresas concluíram as etapas previstas em sua metodologia. Em relação à distribuição geográfica das empresas neste ciclo, 51% estão localizadas nas regiões da Asa Norte, Águas Claras e Asa Sul, enquanto os 49% restantes se encontram nas demais regiões administrativas do DF. Quanto aos setores representados, o de serviços mostrou-se o mais engajado, com 50% das empresas participantes. Em seguida, o comércio contribuiu com 39%, e a indústria com 11%. Por fim, os resultados consolidados também apontaram que o programa proporcionou um aumento médio de 36,56% na produtividade e 19,66% no faturamento das empresas envolvidas.

Outra apresentação realizada durante o encontro foi sobre o Parque Científico e Tecnológico da UnB (PCTEC). O chefe da Coordenação de Eventos, Prospecções e Parcerias do local, Geovany Borges, explicou que o PCTEC tem a missão de desenvolver, operar e gerir um ambiente compartilhado de ciência e tecnologia, com foco na inovação, conectando e integrando parceiros à universidade. Ele detalhou, ainda, que o parque oferece espaços de coworking, infraestrutura de computação de alto desempenho, além de apoio a startups e pequenas e médias empresas.

Foto: Focus Produção de Imagem

Geovany ainda fez questão de ressaltar a importância da presença acadêmica em eventos como o Café com Negócios & Conexões. “É essencial que a universidade esteja próxima das instituições que impulsionam o ecossistema de inovação do DF. Este é um ótimo momento de conexão para nos apresentarmos, conhecermos novas pessoas e explorarmos plataformas inovadoras. Saio daqui com três contatos, e a experiência mostra que, a cada participação, as trocas se convertem em conexões importantes e resultados concretos”, pontuou.

Ao final das apresentações dos projetos, os participantes do encontro tiveram a oportunidade de acompanhar um momento conduzido pela consultora Adelle Nogueira. Em parceria com a consultora do Sebrae DF Flavia Barros, ela apresentou o projeto de estruturação do ecossistema de inovação local, fundamentado na Metodologia ELI (Ecossistemas Locais de Inovação) do Sebrae Nacional.

Foto: Focus Produção de Imagem

A abordagem do Sebrae visa mapear, analisar e intervir em ecossistemas de inovação, fortalecendo o desenvolvimento econômico e social de uma região. A metodologia identifica atores-chave, recursos e pontos de melhoria, subsidiando a construção de planos de ação para promover a inovação de forma integrada.

Adelle ressaltou que a estruturação inicial realizada em 2020/2021 pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF) e a Fundação Certi foi implementada no período pós-pandemia. Ela avalia que esse contexto pode ter adicionado desafios à execução plena do plano de intervenção, cujo foco é aprimorar as estruturas já existentes, em vez de criar algo do zero. O objetivo principal é congregar os diversos atores do ecossistema em torno de um propósito comum: o desenvolvimento do território. Para isso, o projeto buscará, no processo de reestruturação, a participação de representantes da quádrupla hélice — governo, empresas, academia e sociedade civil organizada — e promoverá um trabalho colaborativo para planejar ações que impulsionem a inovação e o fortalecimento regional.

Por fim, a analista da Gerência de Negócios em Rede e gestora de Inovação e Sustentabilidade do Sebrae no DF, Isabela Patrocínio, falou sobre a trajetória da reestruturação do ecossistema de inovação do Distrito Federal. Ela explicou que o processo teve início em 2018, mas somente em 2021 foi entregue o relatório referente àquele ano, momento em que a primeira iniciativa de estruturação foi lançada. Isabela avalia que a estruturação feita neste período foi um ótimo primeiro passo rumo ao fortalecimento do ecossistema do DF. “Agora, com uma compreensão mais clara dos movimentos necessários à reestruturação do ecossistema, com a metodologia ELI e com o aprendizado dos erros cometidos, acreditamos que a probabilidade de sucesso é muito maior”, assegurou.

Foto: Focus Produção de Imagem

A gestora do Projeto Setorial TIC e Games do Sebrae no DF, Cláudia Bonifácio, complementou a discussão destacando a importância da reestruturação do ecossistema local de inovação e da realização do evento para fomentar os debates. “Desde agosto de 2023, o Café com Negócios & Conexões tem atuado como uma ferramenta estratégica para reativar e fortalecer a conexão entre as lideranças do ecossistema de inovação do DF, que já passou por diversas tentativas de estruturação ao longo dos anos. A continuidade desses encontros foi essencial para criar um ambiente mais maduro e colaborativo, preparando o terreno para este novo momento de reorganização da governança do ecossistema”, observou.

Cláudia também ressaltou seu entusiasmo com os avanços conquistados: “Estou muito feliz por esse resultado, que só está começando. É gratificante ver o trabalho ganhando forma e impactando o ecossistema de inovação de forma tão positiva. Esse é apenas o início de uma trajetória promissora, construída com muito diálogo, colaboração e propósito”, completou.