O Sebrae no Distrito Federal celebrou, na última segunda-feira, 14 de julho, a conclusão da segunda turma do Programa Materializa Arquitetura e Design, após três meses de intensas atividades. Voltada para empreendedores das áreas de arquitetura e design em Brasília, a iniciativa ofereceu uma imersão em gestão empresarial, reunindo profissionais que buscam alavancar seus negócios com orientação especializada. Todas as etapas do programa, incluindo a atividade de encerramento, foram realizadas nas instalações do Sebraelab, localizado no Parque Tecnológico de Brasília (BioTIC).
As atividades da segunda turma do programa foram iniciadas no final de março e assim como a primeira edição, promovida no ano passado, reuniu representantes de 15 pequenas empresas locais em encontros semanais promovidos de forma presencial. Ao longo das atividades, os participantes foram municiados com conhecimentos essenciais, distribuídos em eixos temáticos estratégicos. O foco foi claro: capacitar esses profissionais para criar soluções impactantes, cativar clientes de forma eficaz, impulsionar o faturamento e garantir uma gestão eficiente dos negócios.

O cronograma dos encontros do programa foi estrategicamente estabelecido. Priorizou-se o equilíbrio na duração dos intervalos entre as aulas, evitando tanto o espaçamento excessivo quanto a proximidade demasiada. O objetivo foi facilitar a compreensão e conceder aos alunos tempo hábil para o processamento do conteúdo. Outra estratégia importante adotada pela coordenação do programa foi a associação da entrega de ferramentas ao conteúdo de cada aula.
Para esta edição, além de profissionais de arquitetura, o programa atraiu um número expressivo de designers de interiores, um setor em notável crescimento no Distrito Federal. A organização também observou que a maioria dos participantes possui uma segunda formação, o que enriquece o grupo e demanda conteúdo inovador e estimulante.
“O Sebrae está construindo uma comunidade forte por meio das atividades do Materializa. Estamos concluindo esta segunda turma, que, assim como a primeira, foi um sucesso, e já temos uma longa fila de espera. Isso é resultado da relação próxima que a instituição tem cultivado nos últimos anos. Em parceria com a Associação Brasileira de Design de Interiores e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal e outras organizações, o setor tem se fortalecido. O Sebrae tem levado a sua expertise em gestão de pequenos negócios para arquitetos e designers. Este movimento tem sido muito interessante e vai continuar impactando profissionais no DF e futuramente a nível nacional”, comentou Júlia Fernandes, uma das facilitadoras do programa.
Uma nova turma do programa está prevista para ser realizada e atender a outros profissionais apenas em 2026. No entanto, o impacto que a solução tem proporcionado tem chamado a atenção de outras unidades do Sebrae pelo país e há, sim, uma grande expectativa de que o Materializa seja nacionalizado, beneficiando uma pujante cadeia produtiva em todo o território nacional.

“A gente chega ao fim desta turma sem registrar nenhuma evasão e celebrando o sucesso do programa. Há uma lista de espera com diversas empresas manifestando interesse e, além disso, o Sebrae Nacional tem demonstrado interesse em expandir essa solução para outros estados. Ficamos felizes com isso. É um reconhecimento de que o trabalho está sendo feito aqui no DF, assim como o engajamento dos empresários, que se identificaram com a solução e nutrem o desejo de obter cada vez mais resultados positivos”, observou a analista da Gerência de Negócio em Rede e gestora do projeto de Arquitetura e Design do Sebrae no DF, Gabriela Ribeiro.
Designer de interiores com 12 anos de experiência, Rose Midlej foi uma das participantes da segunda turma do programa. Ela contou que a iniciativa funcionou como um divisor de águas para melhorar sua atuação profissional, que compreende a mudança de cenários, bem como a importância da gestão eficaz de um negócio.
Formada em Economia e com uma ampla bagagem no mercado financeiro antes de se reinventar no design, Rose diz que sempre busca aplicar princípios de sustentabilidade e colaboração em seus projetos. Contudo, a organização interna de seu próprio escritório, o Rose Midlej Design de Interiores, era um desafio. “Desde que me formei, sentia a necessidade de organizar meu próprio espaço, meu escritório. O Materializa me proporcionou essa oportunidade. Com o programa eu fui além da organização pessoal. Absorvi conhecimentos e vivenciei uma formação completa em pilares essenciais para quem empreende. Falamos sobre gestão, marketing, questões financeiras e várias outras. Foi uma ação focada na gestão completa de um negócio”, pontuou Rose.

Outro aspecto proporcionado pelo programa e valorizado por Rose foi a capacidade do programa de fomentar conexões e colaborações. Segundo ela, os encontros permitiram a construção de uma rede entre os empreendimentos participantes, ampliando as possibilidades de colaboração e abrindo caminho para parcerias sólidas e oportunidades de crescimento no futuro.
A participação no programa também foi determinante para Juliana Miura, jornalista e designer de interiores, que junto a duas amigas tem estruturado um novo empreendimento no Distrito Federal. Inicialmente, a atuação do trio tem ocorrida por meio do desenvolvimento de projetos como freelancers. Contudo, o foco do grupo se direciona para a prestação de serviços de design de interiores especializados no setor hoteleiro. “Quando surgiu a oportunidade de participar do programa, pensamos que seria um passo importante para a gente tirar do papel o nosso projeto. Foi a chance de poder estruturar com seriedade o nosso negócio”, contou Juliana.

O trio de empreendedoras observou, ainda, que a faculdade foca muito na parte técnica da profissão, mas não oferta conteúdos suficientes para quem deseja iniciar e gerenciar um negócio. A participação no Materializa expandiu a compreensão das designers sobre a complexidade e a organização necessárias para o sucesso de um empreendimento. “Conseguimos ter uma visão ampla do que é um negócio, desde a estrutura e organização até as áreas administrativa, de planejamento e marketing. O Sebrae preencheu lacunas importantes, mostrando que o empreendedorismo vai muito além da parte técnica”, acrescentou Juliana.
Além do significativo conhecimento sobre como conduzir a gestão de um pequeno negócio, o programa do Sebrae no DF também proporcionou oportunidades de parcerias e contatos para as empreendedoras. “Conseguimos aprender com a realidade dos outros participantes. Vivenciamos trocas que não teríamos se estivéssemos isolados ou de modo virtual. Isso permitiu aprender tanto com os acertos quanto com os erros e será fundamental para evitar tropeços nesse nosso começo de trajetória e formar parcerias estratégicas”, completou a designer.
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