Na noite de 29 de outubro, o Sebrae no Distrito Federal, em parceria com a Financeira BRB, Emater/DF, Administrações Regionais e a Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur/DF), realizou a 4ª edição do Prêmio Brasília de Artesanato e a 3ª edição do Prêmio Brasília de Manualistas. O evento, que aconteceu no Sebraelab, no Parque Tecnológico de Brasília (BioTIC), reuniu mais de noventa artesãos e manualistas que, após edital aberto (cada prêmio tem seu site que são administrados pelo Sebrae/DF), se inscreveram para concorrer em diversas categorias, celebrando a originalidade, a herança cultural e a inovação presentes na produção local.
O Prêmio Brasília de Artesanato, que faz parte do calendário local, busca não apenas valorizar o artesanato como um elemento importante para a economia criativa do DF, mas também promover a visibilidade dos artesãos e incentivar a preservação das tradições culturais. Os vencedores das categorias Mestre Artesão, Artesão, Artesão Iniciante e Artesão Contemporâneo receberam troféus, certificados e prêmios que variaram de R$ 4 mil a R$ 10 mil. O 3º Prêmio Brasília de Manualistas seguiu a mesma linha, reconhecendo o talento e a diversidade dos trabalhadores manuais do Distrito Federal, também com premiação, troféus e certificados.
Na abertura do evento, a superintendente do Sebrae no DF, Rose Rainha, ressaltou o impacto que a valorização traz aos profissionais locais. “É muito especial valorizar o artesanato do Distrito Federal. Estamos na 4ª e 3ª edição destes prêmios e é muito claro para todos nós a evolução que temos visto no artesanato da nossa região. Conseguimos trazer para o público de Brasília trabalhos que antes eram pouco conhecidos, mostrando o talento escondido de artesãos que, muitas vezes, até exportavam, mas não eram conhecidos aqui. Para nós, é um motivo de grande alegria ter esses profissionais presentes e potencializar o empreendedorismo de quem movimenta a economia criativa’’, ponderou a superintendente.
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A cerimônia de premiação destacou a excelência e a evolução dos participantes, como observou Diná Ferraz, diretora técnica do Sebrae no DF. Ela comentou a emoção ao ver a qualidade das peças expostas. “Quando entramos na exposição, vemos pulsar a criatividade, a imaginação e o sonho de cada artista em sua obra. É bonito ver como o produto bruto pode se transformar em joias de grande valor. O Sebrae se alegra em dar visibilidade a esses trabalhos, que a cada ano mostram crescimento e maturidade’’, disse.
A valorização desse desenvolvimento também foi enfatizada por Adélia Carvalho, diretora financeira do Sebrae no DF, que comemorou o impacto positivo do evento. “Cada peça tem uma característica única que reflete Brasília. O crescimento é visível, e nós agradecemos a todos os artesãos e parceiros que contribuíram para esse evento. Todos já são vencedores e seguimos firmes para que mais profissionais deste segmento possam ser valorizados’’, comentou Adélia.
Apoiadores que fazem a diferença
A Financeira BRB é um dos apoiadores do 4º Prêmio Brasília de Artesanato e, assim como para o Sebrae no DF, a instituição o Banco acredita que incentivar e implementar apoio aos profissionais da economia criativa é fundamental para o desenvolvimento do DF. ‘‘Quando falamos de uma instituição financeira, a nossa reflexão sempre desvia para investimentos, operações de crédito, orientações sobre os recursos financeiros, mas a atual gestão do BRB acrescentou uma palavra que também combina com o que vimos aqui: transformação. Então, o modelo que nós desejamos para o mundo é exatamente esse, a partir dessa beleza do feito à mão, fortalecer a sociedade como um todo”, declarou Cristiane Bukowitz, diretora de pessoas do BRB.
O presidente da Emater/DF, Cleison Duval, destacou o apoio aos artesãos da área rural do DF, enfatizando a parceria que fortalece essa produção. “A Emater apoia com muito carinho nossos produtores da área rural, e a parceria com o Sebrae trouxe um ânimo grande para esses profissionais. Muitos ficam ‘escondidos’ e, agora, ganham visibilidade com trabalhos maravilhosos. O artesanato muda vidas, aumentando a renda e a qualidade de vida dessas famílias e estaremos sempre disponíveis para todos aqueles que procurarem’’.
Também ressaltando a importância do artesanato como conexão com a ancestralidade, Franklin da Cruz Martins, subsecretário de programas e ações integradas às Regiões Administrativas/Secretaria de Turismo do DF, declarou que “o artesanato é ancestralidade e forma de vida. Conhecemos famílias que preservam tradições que vêm de gerações. Para março do próximo ano, Setur/DF e Sebrae já preparam um grande evento em comemoração ao Dia do Artesão, destacando a importância desse ofício na preservação cultural’’, ponderou Franklin, convidando artesãos a ficarem atentos a divulgação deste evento.
O presidente do Biotic, Gustavo Dias, não pode estar presente na cerimônia de premiação, porém, em nota, ressaltou o papel do parque em unir a tecnologia à tradição. “Trazer a ancestralidade para o Parque Tecnológico de Brasília nos lembra das raízes que sustentam nossas criações e nos inspiram a inovar com propósito. Nosso parque é um espaço dedicado ao desenvolvimento de ideias transformadoras, e hoje ele se torna palco de uma celebração das mãos que constroem e das mentes que reinventam’’.
Já a 3ª edição do Prêmio Manualista é apoiado pelo Instituto BRB desde a primeira realização. Para Leila Cristina Republicano, presidente do instituto, quando a entidade foi convidada a apoiar a iniciativa, o pedido foi aceito com agilidade pois segundo ela ‘‘o instituto entende que ao valorizar essas pessoas que, através da sua arte, conseguem colocar criatividade e vivência em peças manuais, podemos criar oportunidades para que vivam do próprio produto de forma digna, de forma honrada, sem intermediadores, de uma forma em que possam verdadeiramente ter o valor além do sentimental, mas que possam agregar recursos para a vida de cada um deles’’, celebrou a presidente do Instituto BRB.
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Histórias de perseverança e talento
Ao receber o prêmio de 1º lugar na categoria Artesão Contemporâneo do 4º Prêmio Brasília de Artesanato, Ludmila Magalhães, lembrou da inspiração que sua avó representou para ela ao longo de sua trajetória. “Quando criança, minha avó fazia bolsas e cataventos de tecido. Com ela, aprendi a importância do trabalho manual e a colocar amor no que faço. Anos depois, quando fui mostrar minha habilidade com origami, alguns diziam que não era arte brasileira. Hoje, tenho orgulho de saber que ajudei a incluir essa arte no nosso artesanato. É uma honra fazer parte disso e eu só tenho a agradecer ao Sebrae e demais apoiadores por acreditarem que nossas habilidades podem ser exploradas na economia’’.
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Já Gabiane da Silva, vencedora do Prêmio Manualistas, emocionou a todos ao falar do dom que o trabalho manual representa em sua vida. “Agradeço muito ao Sebrae e ao Instituto BRB por essa oportunidade. Ser manualista é um dom, e só tenho a agradecer por poder mostrar o que faço com tanta paixão’’.
Capacitações e incentivo ao crescimento
Para preparar os participantes, o Sebrae no DF promoveu capacitações com a chamada “trilha de conhecimento”, que incluiu palestras e oficinas sobre critérios importantes para a avaliação dos prêmios. A gestora do projeto de artesanato, Juliana Mota, explicou o esforço de formação em diferentes regiões administrativas. “As atividades integraram as trilhas de conhecimento e aconteceram nos meses de julho e agosto, em nove regiões administrativas, Água Quente, Lago Norte, Planaltina, Taguatinga, São Sebastião, Gama, Brazlândia, Cruzeiro e Sobradinho I e, com apoio da Emater/DF, alcançamos o público de artesãos da área rural. Agradecemos o apoio do Conselho Permanente de Políticas Públicas e Gestão Governamental do GDF e às Salas do Empreendedor que se engajaram na sensibilização dos artesãos e manualistas nas Regiões Administrativas”. Segundo ela, foram cinco capacitações, que elevaram o nível dos trabalhos dos 76 artesãos e 23 manualistas inscritos na premiação deste ano.
A premiação, além de promover o talento dos artesãos e manualistas, prepara os vencedores para representar o Distrito Federal em competições nacionais. Agora, o Sebrae no DF irá preparar novas trilhas para que esses profissionais possam concorrer na categoria do prêmio elaborado pelo Sebrae Nacional.
LAB DAY – Brasília feita à mão: ancestralidade e design no centro
As premiações foram realizadas concomitantemente a 10ª edição do Lab Day, evento de recorrência mensal e que, nesta edição, reuniu os participantes em torno da pauta focada na ancestralidade. Para tratar do tema, a artista visual e curadora da BSB design week, palestrou sobre as tendências do design e artesanato e suas aplicações no mercado.
Carbono Neutro
Nesta 10ª edição do ano, o Lab Day reafirmou seu compromisso com a sustentabilidade ao se consolidar como um evento carbono neutro, promovido pelo Sebrae no DF. Isso significa que todas as emissões diretas de gases de efeito estufa produzidas ao longo do evento serão integralmente compensadas. Para garantir essa neutralização, foi realizada uma análise de pegada de carbono, avaliando as emissões geradas pelo consumo de energia no local (como eletricidade), pelo transporte de participantes, organizadores e equipes, além do descarte de resíduos e da comunicação tanto digital quanto impressa. A compensação das emissões será viabilizada por meio da compra de créditos de carbono com certificação internacional, provenientes de projetos ambientais voltados ao reflorestamento e ao aprimoramento de processos de combustão, todos focados em reduzir ou neutralizar as emissões globais de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa.
Premiações do 4º Prêmio Brasília de Artesanato
Categoria artesão iniciante para Profissionais no início da carreira:
· Terceiro lugar: Débora Sabá, com o tapete catedral de Brasília | Parkway;
· Segundo lugar: João Vinicius Nascimento, com o Cocar sagrado cerrado| Gama;
· Primeiro lugar: Túlio do Nascimento, com a Chorona Candanga | Guará II;
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Categoria Artesão:
· Terceiro lugar: Cleziania Paiva, com a obra Minha casa | Ceilândia;
· Segundo lugar: Priscila Okata, com Céu de Brasília – traço do arquiteto | Santa Maria;
· Primeiro lugar: Bianca Nascimento, com Cerrado encantado – Joias Raras de Brasília |Águas Claras;
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Categoria Artesão contemporâneo:
· Terceiro lugar: Lucas Carvalho, com o banco lobo guará | Lago Sul;
· Segundo lugar: Ivan Siqueira, com porta ovos panteão da pátria| Samambaia;
· Primeiro lugar: Ludmila Magalhães, com o origami Mulheres que correm com lobo guará |Guará II;
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Categoria Mestre artesão:
· Terceiro lugar: Valter de Morais, com Cerrado vivo – um retrato da natureza | Planaltina;
· Segundo lugar: Nilton do Couto, com Catedral de Brasília | Taguatinga;
· Primeiro lugar: Giselma de Assis Brasília, com Eu vejo flores em você | Riacho Fundo II;
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3º Prêmio Brasília de Manualidades
· Terceiro lugar: Lucineide de Sá, com Não é ipê, mas é cerrado | São Sebastião;
· Segundo lugar: Camila Moura, com Colar movimento | Asa Sul;
· Primeiro lugar: Gabiane da Silva, com o Kit belezas do cerrado| Riacho Fundo II;
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