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Empresa criada na periferia de Brasília oferece mercado de autoatendimento em condomínios

Com pouco mais de três meses de atuação, empresário se prepara para abrir segunda unidade
Por Douglas Oliveira | AIs Comunicação
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Quem nunca passou pela situação de estar em casa, fazendo uma faxina ou cozinhando e, na última hora, perceber que falta algum produto? Às vezes, ir ao supermercado mais próximo de casa pode ser uma tarefa complicada, seja por falta de tempo ou dificuldade no deslocamento. Pensando nisso, Hudson Rodrigo de Oliveira Souto, 27 anos, criou uma empresa de mercados autônomos, instalados dentro de condomínios.

“A oportunidade surgiu meio sem querer. Estava visitando um amigo que mora em um condomínio e ele mostrou um mercado autônomo que abriu no prédio. Achei a ideia fantástica, pois era uma loja física, que funcionava 24 horas, sem a necessidade de um atendente”, explica Hudson sobre a criação da empresa Mercado Auto Service Honestizando.

O empresário relata que a ideia é simples. As unidades contam com produtos de limpeza a snacks, de preparo rápido ou consumo imediato, onde o cliente tem um aplicativo no qual realiza o desbloqueio das portas e efetua a compra. “O conceito do negócio é o autosserviço, algo que já é muito comum fora do Brasil. Então, basicamente, você entra na loja, escolhe o produto que quer consumir, paga via aplicativo e vai embora sem contato com ninguém, sem problema com horário, nem filas ou trânsito”, esclarece Hudson.

Com pouco mais de três meses de atuação, o empresário se prepara para abrir a segunda unidade do empreendimento. Mas conta que apesar do sucesso, o início foi bem difícil. Natural de Ceilândia, periferia de Brasília, Hudson começou a trabalhar ainda jovem para conquistar seu sustento, mas sempre sonhou em trabalhar por conta própria. “Nesse tempo sempre comprei produtos para revender, fazia vários serviços extras, estive bem-disposto a ajudar, servir e a todo momento sonhei com meu próprio negócio”, informa.

Apesar das dificuldades de um empreendedor iniciante, o jovem ceilandense persistiu com seu objetivo e encontrou no programa Jornada de Atendimento às Empresas Nascentes, promovido pelo Sebrae no DF, o apoio que precisava para tirar do papel o sonho de ter a sua própria empresa.

“Nossa dificuldade inicial foi conseguir alguém que acreditasse na ideia. Após isso, começamos a estruturar a empresa e tivemos uma barreira enorme nessa etapa, pois tínhamos pouco conhecimento de estrutura organizacional. Foi nesse ponto que o Sebrae entrou. O programa nos ajudou a dividir as tarefas conforme as competências de cada um, alinhar as atividades e com toda a estruturação do negócio em si”, conta.

O programa citado por Hudson faz parte de um projeto-piloto, cujo objetivo é auxiliar empresários iniciantes que sonham em ter o próprio negócio. “O Hudson procurou o Sebrae no DF com o propósito de abertura de um novo negócio. Na época, estávamos desenvolvendo o projeto Jornada de Atendimento às Empresas Nascentes justamente para esse público de pessoas que desejam empreender, mas não sabem por onde começar. Então, conseguimos auxiliá-lo com consultoria, apoio na estruturação, criação do plano de negócio, oferta de cursos online gratuitos, criação de organograma, ponderação de riscos, suporte para criação e desenvolvimento de identidade visual, processos internos, persona etc”, disse a analista do Sebrae no DF, Karina.

A analista ainda apontou que o balanço foi bastante positivo para o projeto-piloto, pois dos cinco participantes do programa inicial, três conseguiram abrir suas empresas e dois entenderam que aquele ainda não era o momento para empreender.