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Programa do Sebrae viabiliza o avanço da energia solar fotovoltaica no Distrito Federal

Soluções foram discutidas em parceria com outras instituições e mobilizou micro e pequenas empresas em diversas atividades
Por José Maciel | Clip Clap Comunicação
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A energia solar fotovoltaica tem alcançado recordes de geração no Brasil. Embora ainda represente uma parcela modesta da matriz energética nacional, essa fonte limpa e renovável tem demonstrado um crescimento constante ano após ano. Para ilustrar essa evolução, há apenas três anos, o Brasil não figurava entre os maiores produtores de energia solar, mas, em 2023, conquistou a sexta posição no ranking global. Com a capacidade instalada crescendo a um ritmo impressionante de um gigawatt (GW) por mês, a energia solar não só superou a eólica como se tornou a segunda principal fonte de eletricidade do país no ano passado.

No Distrito Federal, esse potencial é particularmente promissor, já que a região, beneficiada por uma alta incidência solar durante boa parte do ano, pode se beneficiar tanto da geração centralizada em grandes usinas quanto da geração distribuída, o que permite que residências e pequenas empresas utilizem energia provenientes de painéis fotovoltaicos.

Em um movimento decisivo para contribuir com a transformação do setor, o Sebrae no Distrito Federal lançou, em março, o Programa de Desenvolvimento da Energia Solar, apoiando ao longo do ano um total de 48 micro e pequenas empresas. Com foco em capacitar empreendedores do segmento, a iniciativa ofereceu uma gama de atividades que abrangem temas essenciais como posicionamento de mercado, governança, liderança e muito mais. Além de fomentar o desenvolvimento de habilidades, os agentes envolvidos no programa também se dedicaram a debater políticas públicas e a traçar estratégias para diversificar e expandir o mercado de energia solar na região do Planalto Central.

As ações do programa foram discutidas pelo comitê que reuniu, além da instituição de apoio aos pequenos negócios, importantes parceiros, incluindo o Banco de Brasília (BRB), a Universidade de Brasília (UnB), Federação das Indústrias do DF (Fibra), IBRAM, Amara N Zero, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (CREA/DF), o Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon/DF), e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar).

“Essa colaboração foi extremamente importante, porque conseguimos trocar ideias, discutir amplamente sobre políticas públicas e levar sugestões de melhorias para o Governo do Distrito Federal e outras organizações”, salienta a analista e gestora da cadeia de energia solar do Sebrae no DF, Milena Sabino.

Foto: Focus Produção de Imagem

Entre as atividades realizadas no âmbito do programa, destaque para a primeira edição da Trilha Solar em parceria com o Polo de Energias Renováveis, coordenado pelo Sebrae/RN, um abrangente conjunto de mentorias e oficinas elaborado com a missão de capacitar 14 empreendedores e empresários com o desejo de ingressar ou expandir seus negócios no setor solar. Ao longo das mentorias, os participantes têm a oportunidade de receber orientações especializadas e participar de atividades práticas que fomentam o desenvolvimento de suas habilidades e conhecimentos.

A expectativa do Sebrae é promover uma edição mais robusta da trilha no ano que vem, mobilizando um número ainda mais significativo de pequenas empresas.

Além das atividades da trilha, o programa foi determinante para a realização de outras ações, como a comemoração do Dia Mundial da Energia, em maio; a realização do Lab Day, em junho; do Solar Talks; bem como uma missão técnica para a Intersolar, que envolveu 23 pequenos empresários do DF; o Seminário de Transição Energética, em outubro; e uma oficina sobre a complexidade dos contratos no segmento de energia solar, em novembro.

Foto: Focus Produção de Imagem

“O programa não apenas proporcionou experiências enriquecedoras em termos de conteúdo, mas viabilizou inúmeras oportunidades de negócios, de parcerias. A combinação disso tudo tem feito o Distrito Federal se tornar um caso de sucesso, uma vitrine para o restante do país. Portanto, é super válido ter uma governança formada, desenvolver ações de fortalecimento dessa governança para ampliação e diversificação de mercado e principalmente para as políticas públicas. Desse modo a foi possível aprimorar ainda mais as nossas capacitações e identificar melhor o mercado e as dores dos empresários para que a gente possa alavancar o mercado da energia solar aqui no Distrito Federal”, explica Milena

A analista e gestora da cadeia de energia solar do Sebrae no DF destaca, ainda, um outro importante marco para o setor. Trata-se da assinatura, por meio do Polo Sebrae de Energias Renováveis e Sebrae Nacional de um Acordo de Cooperação Técnica com a ABSolar para o desenvolvimento do projeto “Polo para Aceleração de Negócios de Energias Renováveis no Brasil”. O objetivo é criar um ambiente propício à inovação e competitividade no setor de energias renováveis, com foco em pequenas empresas. A assinatura aconteceu na semana passada, durante a realização do encontro nacional da associação.

O acordo visa promover a integração e o desenvolvimento de tecnologias sinérgicas ao setor de energia solar fotovoltaica, como usinas híbridas, armazenamento de energia elétrica, produção e armazenamento de hidrogênio, e microrredes. A iniciativa visa principalmente atender micro e pequenas empresas, fortalecendo a presença do setor de energias renováveis na economia nacional.

“Essa parceria irá fortalecer nosso compromisso em promover um ambiente favorável para o crescimento do setor. Com a colaboração do Polo Sebrae de Energias Renováveis, conseguiremos levar adiante sugestões de políticas públicas que beneficiem a toda a cadeia da energia solar”, acrescenta Milena.

Brasília é a cidade com a maior produção de energia solar do Brasil, com 413 MW de potência instalada para geração própria, conforme dados da ABSolar e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Aneel). Investimentos diversos, combinados com a localização geográfica da cidade, que possui alta irradiação solar e mais de seis meses de seca por ano, tornam o ambiente ideal para a geração fotovoltaica. O levantamento revela que, atualmente, existem mais de 20 mil conexões operacionais de energia solar em telhados e pequenos terrenos, beneficiando mais de 21 mil consumidores com redução nas contas de luz.

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