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Colégio Santo Antônio realiza feira do JEPP e apresenta produtos e serviços criados por estudantes

Evento realizado com o apoio do Sebrae no DF reuniu criações inovadoras de alunos participantes do programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos
Por Deividi Lira,Jorge Pereira l AIsComunic.
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O Colégio Santo Antônio, na Asa Sul de Brasília, sediou no último dia 27 de outubro a sua primeira Feira de Empreendedorismo do programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), fruto da parceria entre o Sebrae no DF e a Secretaria de Educação do Distrito Federal. Participaram do evento 91 estudantes dos 6º, 7º e 8º anos do ensino fundamental, prestigiados por seus pais e toda a comunidade escolar, que conheceram a produção inovadora e empreendedora dos jovens.

Boas ideias não faltaram na feira do JEPP do Colégio Santo Antônio. A aluna Maria Sofia Aragão, de 12 anos, apresentou com colegas do 7º ano um pingente inteligente que ajuda a localizar pets e evita que se percam ou que fujam de casa. Na feira, por apenas R$ 15, os donos de pets podiam adquirir a peça. A equipe de alunos preenchia um formulário e colocava todos os dados do tutor em um QR Code.

A ideia dos pingentes inteligentes surgiu para a proteção dos pets. Tentamos focar em um produto prático, mas também delicado. Então eles servem para encontrar os pets e, também, para deixá-los estilosos”, descreve Maria Sofia.

Outra turma do 7º ano desenvolveu uma máquina de vendas em uma caixa de papelão. O equipamento se assemelha às máquinas de shoppings, em que o cliente aperta um botão e retira o produto. Os estudantes ficaram entusiasmados com as vendas.

Estamos super felizes com o sucesso da ideia. Vendemos muito e o estoque quase acabou! Deu certo por causa do trabalho em equipe que a gente foi aprendendo no JEPP”, celebra o aluno Fábio Henrique Martins Parca, de 12 anos.

Criado para proporcionar o debate, o estudo e a prática do empreendedorismo durante os primeiros nove anos da educação básica, o JEPP recebe o apoio do Sebrae no DF e trabalhou, no Colégio Santo Antônio – instituição de ensino inclusiva que também atende alunos com transtorno do espectro autista -, as seguintes temáticas: soluções sustentáveis, robótica empreendedora, e tecnologias digitais e soluções empreendedoras.

Capacitada pelo Sebrae no DF, a professora de empreendedorismo Débora Costa ajuda a evidenciar a contribuição do JEPP no desenvolvimento pessoal e, também, do espírito empreendedor dos alunos: “Para o jovem de hoje, toda novidade é um desafio e provoca um certo receio. A nossa função, como educadores, é mostrar os pontos atrativos de cada situação para empolgá-los e encorajá-los – e isso vem dando resultados. Com o JEPP, eles conseguem mostrar não somente o que são capazes de fazer, mas também a mudança interior que esse projeto provoca em cada um. Nós, professores, acabamos atuando como mediadores, e isso é lindo”, analisa a educadora.

Para Larissa Souza, coordenadora pedagógica do colégio, as mudanças proporcionadas pelo JEPP vão além da capacidade empreendedora. “Com a aplicação do JEPP, nós passamos a perceber que os alunos passaram a ter maior responsabilidade. Há um despertar da criatividade, da imaginação, da maturidade para o adquirir, tudo de forma prática a partir do empreendedorismo. Com o apoio do Sebrae no DF, eles estão, hoje, vendendo seus produtos ao mesmo tempo que conquistam habilidades que poderão usar para sempre em qualquer profissão que decidirem seguir”, pontua a coordenadora.

Na feira também foi possível comprar brigadeiros gourmet, quadros de decoração, sabonetes artesanais com diferentes aromas e formatos e até suportes para notebook. E o JEPP envolveu, também, a família: Daniela Pinheiro é mãe de uma das alunas e contou a experiência de auxiliar a turma da filha.

Achei a ideia delas muito interessante. Quando minha filha foi me apresentando, sugeri pequenas mudanças, mas também deixei que elas se virassem com os problemas que apareciam. Vejo que o JEPP pode dar a esses jovens uma visão geral de produto, de serviço e do que é empreender. É uma sementinha de um projeto maior para o futuro”, afirma Daniela.

Mais do que influenciar o futuro dos jovens, o JEPP já apresenta seus primeiros resultados concretos. O programa possibilitou que a estudante Maria Fernandes, de 12 anos, abrisse seu próprio negócio, fora da escola. Em casa, a adolescente produz pulseiras, colares e chaveiros, e os vende em feiras de Brasília e através de uma rede social. “Eu e minha amiga começamos a receber encomendas online e isso foi se expandindo. Então passei a participar de feirinhas para vender as miçangas. É algo de que gosto muito”, comemora a jovem empreendedora.