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Com apoio do Sebrae no DF, Centro Educacional MC realiza primeira feira de empreendedorismo

Programa do Sebrae integra a grade curricular da escola e fomentou a educação empreendedora entre os estudantes
Por Stéfane Rodrigues l AIs. Comunicação
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O Centro Educacional MC, localizado em Vicente Pires (DF), realizou a sua primeira feira de empreendedorismo no último sábado (18). O evento faz parte do programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), promovido pelo Sebrae no DF com a colaboração da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF).

Empreender já faz parte da grade curricular da escola particular e a realização da feira foi a oportunidade para que os estudantes colocassem “a mão na massa”, literalmente, com a mediação por parte dos professores. Foram diversos produtos à venda confeccionados pelos discentes: comidas, sucos, café, chás, temperos, acessórios, literatura de cordel, plantas, verduras, legumes, entre outros. Alguns itens entraram na Black Friday, com descontos de até 80%.

O evento contou com a participação da direção, dos 15 professores e dos 110 estudantes, que cursam do maternal ao 5º ano, com idades entre 2 anos e 12 anos. Ao todo, mais de 200 pessoas prestigiaram o evento, contando com pais, responsáveis e comunidade.

A proprietária e diretora da unidade educacional, Adelaide Leal Saboia, comenta que a parceria com o Sebrae no DF foi para “incrementar” o conteúdo. Em sua avaliação, a realização desse tipo de atividade é fundamental para a formação dos educandos.

“Estamos plantando a semente nos nossos pequenos, para que eles possam futuramente colher (bons resultados)”, relata Adelaide.

Durante a sua carreira, a gestora já realizou a Formação de Multiplicadores, da metodologia Crescendo e Empreendendo, do Sebrae no DF. O projeto promove conhecimento e estimula atitudes voltadas ao empreendedorismo na vida e no mundo dos negócios.

A professora Ivanice Oliveira Pedroso já possuía experiência na realização do JEPP. Então, teve a iniciativa de concretizá-lo no centro educacional, onde trabalha há seis anos. Em sua avaliação, as atividades propostas vão ajudar os educandos de diversas maneiras, como na realização de operações matemáticas e no controle das finanças da casa, por exemplo.

“Eles (educandos) já conseguem somar e aprenderam a passar o troco. Já tem o empreendedorismo (na grade curricular) da escola. Então, o Sebrae no DF vem para somar”, comentou.

Mãe de dois estudantes, Tatiana Rezende destaca que o empreendedorismo tem contribuído com o desenvolvimento de Arthur, de 10 anos, que cursa o 4º ano, e Laís, de 5 anos, do pré-1.

Apreender o empreendedorismo ajudou o Arthur a ser mais ativo, avalia Tatiana. Para a pequena Laís, uma das contribuições foi a realização de atividades manuais.

“O Arthur tem uma busca mais ativa. Ele procurou saber mais sobre o Sebrae no DF. Isso já foi um ponto positivo dele, ir atrás de informações diferentes do que tem acesso, geralmente. E também o fazer com as próprias mãos”, relata Tatiana, que completa: “Essa parte de preparar e de pensar é também o caso da minha pequenininha (Laís). Eu percebi que ela se interessou com atividades manuais”, avalia.

A turma de Arthur, composta por seis estudantes, confeccionou produtos como: quadro decorativos de ipês (amarelos, branco, roxo e rosa), marca página, ímãs de geladeira, vasos da flor onze-horas, cactos, orquídeas, que foram plantados pelos estudantes na horta da escola.

A classe de Laís, com 22 discentes, juntamente com estudantes do pré-2 (de 5 anos de idade) e maternal (2 e 3 anos) plantaram suculentas e pintaram os vasos. O processo de elaboração foi registrado por meio de fotos, que foram expostas em um mural.

A pedagoga, Naiara Magalhães, leciona para a turma de Laís. A professora destaca que, além de ensiná-los a vender as plantas, a proposta do projeto vai somar na vida das crianças sobre a importância de cuidar do meio ambiente.

“Eles aprenderam a responsabilidade com o dinheiro. O empreendedorismo voltado para o meio ambiente vai ajudar no desenvolvimento e responsabilidade com a natureza”, explica Naiara.

Outra estudante que fez parte do projeto, Beatriz Versiani, 10, do 5º ano, já está pronta para subir mais um degrau na vida acadêmica. A discente conquistou uma bolsa integral para cursar o 6º em outro colégio particular.

Sua turma de 11 estudantes, com o tema da Região Nordeste, realizou vendas de itens da região e explicou as características locais. “A gente aprendeu sobre o Nordeste, fizemos as comidas típicas, (literatura de cordel, pintura em tela) e as bonecas Abayomi. Conseguimos muitas vendas”, disse Beatriz.

A professora dela, Samaya Yamamoto, relata que o JEPP fortaleceu o interesse dos estudantes pelo o empreendedorismo.

“Eles já tinham curiosidade de saber como vender, como empreender, o que cada produto que eles compravam no supermercado com os pais, custava – principalmente os estudantes que possuem uma mesada. Cada um dos que recebem mesada já sabia fazer mais ou menos a conta do que gastava, do que poderia lucrar caso vendesse. Então, o JEPP, para eles, só veio acrescentar”, analisa a educadora.