O Distrito Federal concentra, ao lado do Estado de São Paulo, a maior proporção de empreendedoras com diploma de nível superior no País. Segundo levantamento apresentado pelas unidades de Gestão Estratégica e de Cultura Empreendedora do Sebrae Nacional, quatro em cada dez mulheres que empreendem na Capital da República já concluíram algum curso superior. Entretanto, cerca 45% desse público, estimado em 119.147 pessoas na época da pesquisa, ganham até um salário mínimo por mês.
Os dados da pesquisa se referem ao terceiro trimestre do ano passado e atestam que os impactos econômicos provocados pela pandemia da Covid-19 interromperam um movimento consistente, verificado desde 2016, de crescimento na representatividade das mulheres no universo do empreendedorismo no País. De julho a setembro de 2020, segundo o Sebrae, existiam cerca de 25,6 milhões de donos de negócio em todo o Brasil. Desse universo, cerca de 8,6 milhões eram mulheres (33,6%), número um pouco inferior ao registrado no mesmo período em 2019, quando a presença feminina correspondia a 34,5% do total de empreendedores no país.
A pesquisa também revelou que as mulheres que empreendem estão mais jovens. Em todo o país, 53% têm até 44 anos, enquanto que no Distrito Federal, esse número é ligeiramente maior, alcançando 57%. Os dados ainda mostram que 47% das mulheres que empreendem no DF são chefes de domicílio; 49% dedicam mais de 40 horas semanais ao seu negócio; que apenas 15% empregam pelo menos um funcionário em suas atividades; e que apenas 28% das empreendedoras brasilienses têm menos de dois anos na atividade empresarial.
O levantamento também detalha as áreas preenchidas por mulheres no Distrito Federal. As empreendedoras estão proporcionalmente mais presentes no setor de serviços (53%), no comércio (29%), indústria (13%) e agropecuária (5%).
Mulheres demitiram menos e contrataram mais que os homens em fevereiro de 2020
Outro levantamento feito pelo Sebrae junto a 6.228 empresários e empresárias de todo o país entre os dias 25 de fevereiro e 1º de março deste ano aponta que as mulheres donas de pequenas empresas demitiram menos e contrataram mais que os homens no último mês de fevereiro. A pesquisa mostra que as mulheres empreendedoras chegaram a esse resultado mesmo recorrendo menos a empréstimos junto ao setor financeiro.
De acordo com o levantamento, 9% das mulheres demitiram funcionários, contra 12% dos empresários entrevistados. Enquanto isso, 16% das empreendedoras efetuaram contratações, contra 13% dos donos de pequenos negócios. Quando o assunto é crédito, a pesquisa mostra que as empresárias recorreram muito menos que os homens. Enquanto 52% dos empreendedores tentaram empréstimo com agentes financeiros, entre as mulheres esse percentual foi de 46%.
A pesquisa revelou ainda que as mulheres continuam vendendo mais pela internet que os empreendedores. Enquanto 74% das empresárias vendem seus produtos ou serviços de forma digital, esse percentual é 10 pontos inferior entre os homens (64%).
Ações governamentais
Para aproximadamente 38% das empreendedoras do país, a medida mais importante nesse momento que que pandemia provoca mais uma série de restrições nas atividades comerciais, é a extensão das linhas de crédito especiais, para 31% a extensão do auxílio emergencial, 14% a moratória, 11% adiamento do pagamento de impostos e 6% auxílio para a redução e suspensão de contratos de trabalho. Para os empresários, a extensão do crédito é a opção mais citada (52% dos entrevistados).
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