Na medida em que uma criança vai crescendo, passa a ser comum no cotidiano dos pais ouvir pedidos para a compra constante de brinquedos, roupas e outros produtos infantis. Isso geralmente acontece porque os filhos são influenciados por publicidades exibidas nas televisões e na internet e começam a externar desejos. No entanto, logo o produto começa a ser deixado de lado porque a necessidade real da criança passa a ser outra. Resta aos pais contornar tal situação, buscar o equilíbrio e comprar apenas o que a criança realmente precisa, sem cometer excessos.
Após observar esse comportamento em suas duas filhas, a paulistana Maria Claudia Mestriner, juntamente com mais três amigas – Ana Beatriz Vasconcellos, Meiriele Duarte e Anny Carboni – começaram a debater sobre o assunto e decidiram criar uma comunidade para estimular pais e filhos a trocar brinquedos, roupas, livros ou qualquer outro objeto/acessório que está parado, sem nenhuma utilidade, mas que também não é descartado por ainda estar em um bom estado de conservação. Foi assim que surgiu a Looping Kids, uma plataforma em fase de desenvolvimento que está alicerçada em conceitos de economia circular – que tem como objetivo manter produtos, componentes e materiais em seu mais alto nível de utilidade e valor – e totalmente alinhada a três dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS’s).
A iniciativa é pioneira no Brasil e foi idealizada para ir na contramão de marketplaces já reconhecidos e utilizados pela maioria da sociedade. Para consolidar isso, foi criada uma moeda lúdica (looping) que pode ser usada exclusivamente na plataforma Looping Kids, não sendo possível a conversão para nenhuma moeda real. “O diferencial não é apenas conectar famílias e promover a conscientização de que algo que não está sendo aproveitado pode ser útil para outra criança. Ter uma moeda própria ajuda a garantir que não sairemos do ciclo de ressignificação de produtos”, explica Maria Claudia.
Com a ideia saindo do papel, em fevereiro, as idealizadoras participaram de um programa de aceleração da B2Mamy, empresa que capacita e conecta mães ao ecossistema de inovação e tecnologia a fim de que elas se tornem líderes e economicamente independentes. A partir dali, Maria Claudia, Ana Beatriz, Meiriele e Anny passaram a ser presenças cativas em eventos sobre empreendedorismo e, aos poucos, estão amadurecendo a proposta inicial da Looping Kids.
Um desses eventos foi a Maratona de Impacto Social Ambiental promovida pelo Sebrae no Distrito Federal na semana passada com o objetivo de sensibilizar empresários e potenciais empresários sobre negócios de impacto social e ambiental, além de capacitá-los para a modelagem desse novo tipo de negócio. A realização proporcionou palestras, oficinas e mentorias e orientou os participantes a colocar suas ideias de negócio em prática. A Looping foi apresentada para uma banca de especialistas e conquistou o primeiro lugar geral do evento, mostrando ampla capacidade de gerar impacto social e ambiental. “Participar de momentos iguais a essa maratona é sempre muito rico, pois estabelecemos contatos com a inspiração, com pessoas que olham para as mais diversas ações do cotidiano humano e buscam desenvolver soluções simples. Ocorre, naturalmente, uma troca de conhecimento e acessar novos conteúdos é um fator que faz nós, da Looping, nos questionar e realinhar a nossa proposta”, conta Maria Claudia.
Até o momento, a ideia da comunidade tem sido desenvolvida por meio de dois perfis no Instagram, um para divulgação institucional e outro para estimular as trocas de produtos entre 122 famílias que residem em São Paulo e também em Cuiabá. Entretanto, se depender da vontade das idealizadoras, esse método está com os dias contados. A intenção das criadoras é colocar no ar, logo no início de 2021, um site capaz de integrar anunciantes e usuários que queiram adquirir produtos e/ou roupas infantis para que ambos possam negociar entre si.
Embora a ideia tenha surgido em uma grande cidade como São Paulo e tenha rapidamente alcançado um outra capital como Cuiabá, o objetivo das idealizadoras de disseminar o conceito de economia circular em todas as regiões do país não tem pressa. “Se uma família começa a fazer algo similar no Distrito Federal, já é um sinal que o nosso propósito está sendo alcançado. Essa divulgação boca a boca que o brasileiro vai fazer, acendendo luzes, o que, pouco a pouco, fará a economia circular chegar no Brasil inteiro”, completa a fundadora.
Como participar?
Os interessados em participar da Loopink Kids precisam realizar um cadastro na página da Looping ou enviar uma mensagem direta para algum dos perfis da iniciativa. Todo novo usuário que adere à comunidade recebe 30 loopings que podem ser utilizados para adquirir algum produto de imediato ou para negócios futuros.
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