Agência Sebrae de Notícias

A proximidade do feriado de Páscoa, este ano comemorado no primeiro domingo do mês de abril, dia 4, tem acelerado o ritmo de produção e animado donos de pequenos negócios, que costumam aproveitar a data para impulsionar as vendas de produtos típicos da época, como os tradicionais ovos de chocolate, bombons e outras delícias. A data, no entanto, traz, pelo segundo ano consecutivo, um desafio aos empresários do segmento de confeitarias e docerias: lidar com uma nova onda de medidas restritivas que vêm sendo adotadas para frear o avanço da pandemia.

No ano passado, a Páscoa foi a primeira data comemorativa a sofrer com os impactos provocados pelo avanço do coronavírus no Brasil. Na ocasião, muitos empresários foram pegos de surpresa com o início da implementação de medidas sanitárias, o que levou empreendimentos a contabilizar prejuízos, mas sobretudo, a se reinventar, adequando seus planejamentos estratégicos à nova realidade imposta pelo mercado.

O ano virou, a pandemia recrudesceu e o planejamento continua sendo, segundo o Sebrae no Distrito Federal, uma ferramenta necessária para qualquer empresário que queira superar a crise e se sobressair à concorrência, aumentando os ganhos e fidelizando clientes. “Historicamente, a Páscoa tem uma alta demanda e com isso a oferta também é grande. Portanto, se diferenciar é imprescindível. Quem investe nesse segmento precisa se planejar, se capacitar enquanto empresário para fazer uma boa gestão de seu negócio”, ressalta o gerente de Atendimento Personalizado da instituição, Ricardo Robson.

Entre os primeiros fatores a serem observados por aqueles que já têm uma confeitaria/doceria e pretendem alcançar sucesso em suas vendas, ou por aqueles que aproveitam a chegada da Páscoa para complementar a renda estão os custos e a precificação do produto que será comercializado. Segundo o Sebrae, é importante dimensionar o valor que será investido na compra da matéria-prima para fabricação do item que será comercializado. Com o produto finalizado e devidamente embalado, será formado o preço de venda, fator que, aliado à uma boa divulgação, atrairá a atenção e o paladar do consumidor final. Assim que tudo for comercializado, será possível saber qual foi o valor faturado, tido como essencial para manter ativo qualquer ideia de negócio. O valor final deve ser superior à cifra inicialmente investida.

A microempreendedora Silvia Pessoa, moradora de Ceilândia, é um exemplo concreto de que planejamento é essencial para a gestão de um empreendimento. Após enfrentar sérias dificuldades financeiras no final de 2016, ela criou, em sua casa, um pequeno ateliê e começou a fabricar doces variados para vender. A aposta deu resultados e Silvia logo expandiu seu negócio, começando a receber encomendas para festas e eventos com até 600 pessoas.

Com a chegada da pandemia ao DF, em março do ano passado, a empreendedora viu alguns de seus contratos serem suspensos, o que inicialmente causou um certo temor pelo futuro do negócio. No entanto, Silvia refez o planejamento de sua marca e começou a produzir kits para reuniões familiares com bolos, doces e salgados para até dez pessoas. “Eu contava muito com a Páscoa do ano passado para o futuro do meu negócio. Fiquei temerosa com o início das restrições e precisei me adaptar. Logo comecei a receber muitas encomendas e fiquei muito surpresa. Precisei fechar a agenda, pois eu não conseguia atender os pedidos que estavam chegando”, conta a pequena empreendedora.

Ainda em razão da pandemia, Silvia procurou estabelecer um planejamento com antecedência para a Páscoa deste ano. Ela começou a divulgar os produtos há algumas semanas, ofereceu descontos para clientes que fechassem algum pedido até determinada data e também promoveu uma promoção especial para o Dia do Cliente, comemorado em 15 de março. O uso de canais digitais como Instagram e WhatsApp estão sendo fundamentais para a empreendedora nesse período. “O cliente pode entrar em contato comigo em poucos cliques e fazer a sua encomenda. Estou sendo surpreendida este ano também e já tenho dezenas de encomendas para entregar no final de semana em que será celebrada a Páscoa”, comemora Silvia.

Após a Páscoa a empreendedora tem planos audaciosos para sua marca. O objetivo é amadurecer a ideia de negócio, mudar o local de fabricação dos produtos, contratar funcionários e, futuramente, abrir um ponto de venda físico. Os primeiros passos para alcançar esse objetivo já foram dados. Com o apoio do Sebrae, a empreendedora realizará duas consultorias, uma para aprimorar a gestão financeiro do empreendimento e outra para melhorar a divulgação dos produtos.

Catálogos divulgam confeitarias e chocolaterias locais

Para apoiar o trabalho dos donos de confeitarias e chocolaterias, como a Silvia, o Sebrae no Distrito Federal está preparando o lançamento de um novo catálogo que será divulgado a consumidores locais. A iniciativa será lançada na terça-feira, 30 de março, e permitirá que uma pessoa possa, em poucos minutos, ter acesso a informações como os perfis da marca em redes sociais e detalhes sobre serviços de entrega.

Essa iniciativa foi desenvolvida pelo Sebrae no ano passado e contribui para a valorização dos pequenos negócios e o fortalecimento da economia brasiliense em meio à pandemia. “Com a elaboração desse catálogo, o Sebrae ajudará a movimentar o segmento dos pequenos negócios em todo o nosso quadradinho. É um guia prático para que os brasilienses encontrem chocolates artesanais e outras delícias pascais, conheçam os produtores locais, e possam comprar, saborear e presentear, além de apoiar os nossos empresários, que mais do que nunca necessitam fomentar suas vendas nesse momento de dificuldade”, explica Débora Nunes, gestora da Panificação, Confeitaria e Gastronomia da instituição.

O catálogo será divulgado na página da instituição na internet (www.lojasebraedf.com.br/deliverynodf) e nas redes sociais.

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Informações para a imprensa

Paulo César Gusmão Gomes

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