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Programa com foco no crescimento do setor têxtil é lançado no DF

Projeto Vestir Brasília tem prospecção de aumentar o faturamento e produtividade de empresas do vestuário em torno de 5,4% para o ano de 2023
Por Douglas Oliveira | AIs Comunicação
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Durante e após a pandemia de Covid-19, o comércio aprendeu que, em tempos de crise, é preciso se reinventar e buscar soluções para contornar as dificuldades. Assim como outros segmentos, micro e pequenas empresas do setor de vestuário, que geram 6,2 mil empregos diretos e indiretos no Distrito Federal, passaram e ainda passam por um momento de transformação e adaptação.

O Sebrae no DF, em parceria com o Sindicato das Indústrias do Vestuário do Distrito Federal (Sindiveste-DF), acredita em um mercado ainda mais forte e promissor para o setor vestuário nos próximos meses.

Devido à pandemia, o setor sentiu muito, e algumas empresas fecharam ou reduziram a mão de obra. Entretanto, por meio de programas como o Vestir Brasília e o Sebraetec, empreendedores do setor vestuário têm recebido orientações estratégicas de planejamento e têm oferecido novas experiências para o consumidor, utilizando também as ferramentas digitais.

Walquíria Aires, presidente do Sindiveste-DF, revela que uma pesquisa para levantamento da capacidade produtiva do segmento de uniformes escolares, que representa 80% do faturamento das malharias, tem sido desenvolvida em parceria com o Sebrae no DF e o Senai, para defender, junto ao Governo do Distrito Federal, que a confecção do material seja realizada por empresas da capital.

Entre os 7.320 empresários do setor, 89% são microempreendedores individuais (MEIs), sendo que 59% estão localizados em Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e Plano Piloto, com destaque para a produção de uniformes escolares, material promocional, moda feminina e uniformes profissionais”, informa a líder sindical.

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Como medida de fortalecimento do setor vestuário no Distrito Federal, Walquíria ainda explica que o sindicato promove, anualmente, eventos como a Convenção Coletiva de Trabalho do segmento, a Collections Brasília Winter, voltada para a moda feminina, a Summer Collections Brasília, com destaque para a moda praia e fitness do DF, além de diversos cursos em parceria com o Sebrae no DF e o Senai.

O analista de moda do Sebrae, Thiago Angelo, esclarece que a instituição, de modo geral, tem contribuído na perspectiva da possibilidade de ampliação do setor vestuário, com rodadas e encontros de negócios, capacitação de mão de obra, informação para o pequeno e médio empresário, informações técnicas de mercado e informações de gestão, além de intervenções por meio de consultorias.

Em 2023, o Sebrae no DF lançou o programa Vestir Brasília, cujo propósito é promover a geração de empregos, valorizar a produção e confecção de marcas locais, destacando o DNA da capital e enaltecendo os designers do DF, que são os principais atores por trás dessas marcas. O projeto também pretende aumentar o faturamento e a produtividade dos empresários do segmento têxtil em torno de 5,4% para o ano de 2023.

O projeto tem como objetivo atingir um núcleo de 100 empresas. Tanto empresas tradicionais que já possuem um nome forte no mercado, quanto empresas novas que estão surgindo e que também tem um diferencial de posicionamento. A ideia da iniciativa é fazer esse intercâmbio, essa troca entre de experiências e conhecimentos entre essas empresas para que, juntas, elas consigam construir uma identidade da moda feita aqui em Brasília”, explica Thiago.

Em relação aos desafios do segmento, o analista acredita que o Sebrae no DF tem como missão apresentar aos empreendedores a necessidade do conhecimento técnico e de mercado no qual atuam, para que possam oferecer ao cliente produtos diferenciados com preços acessíveis e fazer com que as pessoas valorizem as marcas de Brasília.

Outro desafio que a gente também identifica é a perspectiva de mercado para essas malharias e confecções, como, por exemplo, a possibilidade de participação de editais. Fazer com que essas marcas entendam o que é necessário para participar de um edital, quais os critérios para se adequar e participar de uma licitação. Também é importante estimular a postura empreendedora para atender um lote de edital e que não estrangule a capacidade produtiva”, diz Thiago.