A Escola Classe (EC) 18 de Ceilândia recebeu, pela primeira vez, o programa do Sebrae Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), evento ocorrido no último sábado (11). Esta ação foi mais uma parceria de sucesso com a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), para promover, no ambiente escolar, a educação empreendedora.
Os estudantes, de 4 a 12 anos, tiveram a oportunidade de aprender a teoria e prática do empreendedorismo, por meio de vendas de produtos diversos e também serviços culturais com o apoio dos professores. A escola possui 340 alunos, que cursam entre os 1º e 5º anos.
Estiveram no evento representando a Regional de Ensino de Ceilândia, a coordenadora Intermediária da Unidade Básica de Ensino (Unieb), Érica Barbosa Santos, a equipe acadêmica (direção e professores da escola), pais de alunos – e o evento estava aberto à comunidade.
A representante da regional de ensino de Ceilândia, Érica Barbosa, trabalha na área da educação há 26 anos e avalia esse projeto do Sebrae no DF como inovador para os professores e os educandos.
“Primeiro, nós alcançamos a gestão dos professores, que transmitem o conhecimento para as crianças e estas passarão o conhecimento para suas famílias. É um desenvolvimento global”, explica Érica.
Em sua opinião, esse projeto é fundamental para os acadêmicos porque proporciona o desenvolvimento cognitivo, entre outras habilidades.
“Então, essa parceria (do Sebrae no DF e a SEEDF) incentiva o desenvolvimento cognitivo e o ensinar. Mas não é só ensinar o conteúdo: é preciso desenvolver a socialização da criança, além de ampliar suas habilidades e competências”, completou.
A diretora Angélica Gomes da Silva trabalha na EC 18 há 3 anos. A gestora comenta que a escola, por estar localizada em uma comunidade considerada em situação de vulnerabilidade social, necessita desses projetos para estimular a visibilidade dos alunos e pais. E, em sua avaliação, é justamente na educação infantil que essas ações fazem a diferença.
“(O JEPP) agregou muito, principalmente, valorizar-se e saber que eles são capazes. Foi plantada uma sementinha neles, que podem fazer a diferença e realizarem a transformação no mundo”, disse.
Além de venderem produtos, os discentes aprenderam a vender cultura. Os professores, Iago Wolfagang e Priscila Alves da Silva, idealizaram a criação do filme “Os Guardiões da Natureza”. O roteiro (que trata dos cuidados com a natureza), a atuação, venda dos ingressos e combos (de refrigerante e pipoca) contaram com os trabalhos dos seus 45 anos, do 4º ano A. E a sala de aula tornou-se cinema com sessão de 30 minutos.
O pedagogo Iago Wolfagang relata que, quando fez o curso do Sebrae no DF para ministrar as aulas de empreendedorismo, idealizou “vender” cultura para a comunidade.
“(A execução do projeto) ajudou a desenvoltura deles (alunos) em sala, em apresentação de trabalho. Até a vergonha que eles tinham, não têm mais”, celebra Iago.
A professora, Priscila Alves, realiza diversos trabalhos em gamificação na educação. Sua participação no projeto foi fundamental para que os estudantes “saíssem da caixinha”: “Foram vários fatores que colaboraram na elaboração do projeto, como a criatividade e a autonomia deles, pois participaram de todo o processo”.
E completa: “Foi maravilhoso desenvolver esse trabalho com eles também. Trabalharam a questão da tecnologia e da inovação e também mostraram o lado artístico”.
Maria Clara de Arruda Santos, de 9 anos, é uma das alunas de Iago e Priscila e uma das protagonistas do filme. Uma lição importante, por meio deste trabalho, que ela leva para sua vida é “cuidar da natureza”.
Uma turma com estudantes menores também teve a experiência cultural, por meio da pintura de quadros. Raquel Marques Alves é mãe de Luiz Gabriel, de 5 anos, do 2º período. Ela ficou deslumbrada com o trabalho realizado pelas crianças.
“Gostei muito do trabalho e vai ajudar no aprendizado do Gabriel. Que ele continue crescendo e aprendendo”, diz Raquel.
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