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Acesso a mercados internacionais é tema de seminário com a participação de micro e pequenas empresas do DF

Dirigentes do Sebrae no DF prestigiaram a realização e participaram de painel sobre a criação de uma cultura exportadora no território brasiliense
Por José Maciel | Clip Clap Comunicação
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Com o propósito de orientar e incentivar os donos de micro e pequenas empresas do Distrito Federal que desejam expandir suas operações no exterior, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), com apoio do Sebrae no Distrito Federal, promoveu, nesta terça-feira, 15 de outubro, a primeira edição do seminário DF Para o Mundo. O evento ocorreu no auditório do Centro Empresarial da Confederação Nacional do Comércio (CNC), na Asa Norte, com uma programação em dois turnos que abordou conteúdos e soluções para ajudar os empresários a ingressarem no mercado internacional.

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, abriu o evento comentando de potencial econômico do Distrito Federal, mencionando que a região tem uma significativa participação no PIB do Centro-Oeste e do Brasil. Além disso, o dirigente enalteceu a boa infraestrutura que a capital oferece, dispondo de um dos melhores aeroportos do mundo, de rodovias, entre outros aspectos que favorecem a prática do comércio exterior.

O dirigente, no entanto, reconheceu que as exportações de empreendimentos em atividade no DF são relativamente baixas, o que indica a necessidade de melhorias e políticas para impulsionar o comércio exterior. “Não podemos desanimar. Temos que acreditar no potencial, discutir e desenvolver estratégias para aproveitar melhor o potencial e promover o crescimento econômico do DF. É com esse objetivo que realizamos este evento”, afirmou Viana.

Foto: Rafael Victor | Focus Produção de Imagem

A diretora de negócios da ApexBrasil, Ana Repezza, apresentou dados sobre a exportação de produtos originários do Distrito Federal. Em 2022, a região contava com apenas 89 empresas exportadoras, um número considerado baixo em relação ao potencial oferecido pela infraestrutura, conforme destacou a dirigente. Repezza também abordou as iniciativas da agência estatal voltadas para facilitar o processo de exportação e fomentar o desenvolvimento econômico do Brasil. Ela listou os benefícios da internacionalização, enfatizando que as empresas que atuam no exterior tendem a ser mais resilientes em períodos de crise, gerando mais empregos e oferecendo melhores salários, o que, por sua vez, contribui para o crescimento econômico regional. Além disso, mencionou o lançamento do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) no DF, destinado a apoiar as empresas locais na sua trajetória exportadora.

Os secretários de Relações Internacionais, Paco Britto, e de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do Distrito Federal, Thales Mendes, também participaram do evento e ressaltaram a importância da região do DF como um polo de oportunidades.

Paco enfatizou a necessidade de fortalecer laços com a comunidade diplomática e promover o comércio, destacando que, embora o DF seja frequentemente visto apenas como uma cidade administrativa, possui um grande potencial, apoiado pela qualidade de suas infraestruturas, incluindo um dos melhores aeroportos do país. Thales, por sua vez, comentou as iniciativas da sua secretaria, que junto aos demais órgãos do GDF, visa criar um ambiente favorável para a exportação, em colaboração com outras áreas do governo.

A diretora superintendente do Sebrae no DF, Rose Rainha, prestigiou a realização do seminário e participou de um dos painéis que debateu a criação de uma cultura exportadora no território brasiliense.

Rose destacou o crescimento das exportações entre pequenas empresas nos últimos dez anos, mas reconheceu que a participação do Distrito Federal nas exportações totais do Brasil ainda é baixa, evidenciando grandes desafios a serem superados na região. Ela mencionou a parceria do Sistema Sebrae com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que apoia pequenos empreendimentos em sua trajetória de internacionalização e anunciou o lançamento de um diagnóstico que visa identificar eventuais lacunas na gestão dessas empresas, com impacto direto em suas operações de exportação, e oferecer soluções específicas para fortalecer sua atuação no mercado internacional.

“Sabemos que os desafios são imensos, mas estamos de mãos dadas com os pequenos negócios, reforçando que eles não estão sozinhos nessa jornada,” concluiu, reafirmando o comprometimento do Sebrae com as micro e pequenas empresas do DF.

Foto: Rafael Victor | Focus Produção de Imagem

O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae no DF, Fernando Cezar Ribeiro, também participou do painel. Ele reforçou a necessidade de capacitar produtores e pequenos empresários locais para que possam expandir suas operações além do mercado interno.

Fernando reconheceu os diversos desafios a serem superados, mas destacou o potencial significativo capaz de transformar o território distrital em uma potência de exportação. Para isso, o dirigente assegurou que a atuação do Sistema S é essencial. “O trabalho do Senai é primordial, assim como o do Senac e do Sebrae. A colaboração dessas instituições é fundamental para que possamos ter sucesso nessa jornada de tornar o Distrito Federal uma referência em comercialização e promover uma interação efetiva dos pequenos empresários e produtores rurais do DF com o mundo”, salientou.

Foto: Rafael Victor | Focus Produção de Imagem

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O painel contou também com a participação do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli; do vice-presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Pedro Henrique Verano; do diretor executivo de Atacado e Governo do Banco de Brasília (BRB), Diogo Oliveira; do presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio/DF), José Aparecido Freire; e do presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Alfredo Cotait Neto.

Atuação do Sebrae no DF

Detalhes da atuação do Sebrae no Distrito Federal em prol dos micro e pequenos empresários que sonham em iniciar uma jornada como exportadores também integraram as atividades realizadas no seminário. A instituição preparou um espaço para atender individualmente os interessados a explorarem novas oportunidades.

A analista da Assessoria de Políticas Públicas e Gestão Estratégica (AGEP) e responsável pelo desenvolvimento de soluções para mercado internacional e digital do Sebrae no DF, Lilian Rosa, destacou a importância de desenvolver soluções práticas para apoiar pequenos empresários em sua jornada rumo à exportação. Ela reforçou o anúncio da superintendente Rose Rainha, que informou que o Sebrae criou um diagnóstico capaz de identificar lacunas na gestão e estrutura das empresas, a fim de oferecer consultorias em áreas como organização financeira, planejamento estratégico e elaboração de planos de negócios.

A partir desse conhecimento, segundo a analista, o Sebrae poderá promover missões técnicas, tanto nacionais quanto internacionais, permitindo que os empreendedores não apenas conheçam novos mercados, mas também tenham a oportunidade de apresentar seus produtos e participar de rodadas de negócios. Consultorias também poderão ser ofertadas, tendo como foco operacionalizar a exportação, apoiando os empresários com a logística e a documentação necessária.

Lilian ressaltou a importância do evento para sensibilizar os pequenos empreendedores sobre a exportação, mostrando que esse caminho não é exclusivo das grandes empresas. “Muitos pequenos empresários acreditam que a exportação não é para eles, mas existem diversas instituições prontas para oferecer suporte e benefícios, promovendo o crescimento e a diversificação de mercado,” comentou.

As ações do Sebrae no DF também pautaram um outro momento do seminário. A analista da Gerência de Atendimento Personalizado (GAPE) da instituição, Cristiane Galvão, conduziu uma breve apresentação aos participantes, abordando a atuação do Sebrae para promover o empreendedorismo feminino e, claro, as ações para acesso a mercados internacionais.

PEIEX

Como antecipado durante a cerimônia de abertura, a programação do seminário foi realizada a assinatura do convênio entre a ApexBrasil e a SOFTEX para a implantação de um Núcleo PEIEX no Distrito Federal. A iniciativa irá beneficiar, por meio de ações de capacitação, 125 empresas da região para exportação.

O programa é oferecido pela ApexBrasil com o intuito de preparar as empresas brasileiras para iniciar o processo de exportação de forma planejada e segura.

Foto: Rafael Victor | Focus Produção de Imagem

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Implementado em todas as regiões do Brasil, ele é executado por meio de parcerias com instituições como Universidades, Parques Tecnológicos, Fundações de Amparo à Pesquisa, Federações da Indústria, unidades estaduais do Sebrae, dentre outros. Profissionais especialistas em comércio exterior orientam empresários nos caminhos mais adequados para conquistar o mercado externo. Ao longo do último ano (2023), 2.578 empresas aderiram ao PEIEX no Brasil todo. No período de 2021 a 2023, o programa atendeu 5.334 empresas, das quais 827 exportaram e geraram US$ 3,16 bilhões em volume de negócios.

Em 2023, os principais produtos exportados pela região do DF foram carnes de aves e soja, que juntos representaram mais de 75% do valor total das exportações. No entanto, outros setores, como alimentos e bebidas, metais e pedras preciosas, moda e serviços de tecnologia da informação, também têm um grande potencial para exportação.

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