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Curso no Sebraelab orienta empreendedores sobre licitações

Durante a atividade foram abordados conteúdos teóricos, focando nos novos entendimentos das legislações relacionadas a licitações ao empreendedorismo inovador
Por José Maciel | Clip Clap Comunicação
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Em mais uma ação para fortalecer o ecossistema de inovação do Distrito Federal, o Grupo de Fortalecimento da Tecnologia da Informação no DF (GForTI), com apoio do Sebrae no DF, promoveu nos dias 3 e 4 de junho um curso voltado para orientar sobre contratações públicas na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e inovação. A atividade foi realizada no Sebraelab, no Parque Tecnológico de Brasília (BioTIC) e apresentou conteúdos teóricos, com foco nos novos entendimentos das legislações que tratam sobre licitações e o universo do empreendedorismo inovador.

A iniciativa faz parte do conjunto de atividades do projeto InovaTI, do Sindicato da Indústria da Informação do Distrito Federal (Sinfor/DF), e tem o objetivo de promover capacitações para o ecossistema de inovação do Distrito Federal, divulgar o parque tecnológico, e estimular a criatividade e a inovação ao longo do ano. Isso visa contribuir para o avanço e fortalecimento do empreendedorismo inovador na região. “Os cursos de curta duração são experiências que estamos promovendo ao longo deste ano, e nossa intenção é torná-los ainda mais sofisticados no futuro. Além dos cursos, também realizamos hackathons e visitas a outros parques tecnológicos, juntamente com uma variedade de outras atividades, como forma de impulsionar cada vez mais as empresas inovadoras do Distrito Federal”, salientou o gestor do projeto André Diogo, durante a realização do curso.

Advogada, especialista em licitações e CEO da Digital Startups Inovação e Consultoria, Erica Alessandra compartilhou com o público do evento as mais recentes atualizações legislativas e estratégias para o sucesso em pregões eletrônicos, além de comentar sobre os segredos das contratações públicas voltadas para inovação, com base nas diretrizes do Governo e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Foto: Dimmy Falcão | Focus Produção de Imagem

A especialista compartilhou um pouco de sua experiência ao longo dos últimos dez anos, lembrando de momentos sobre a atuação como gerente de licitações em uma empresa privada e a criação de um método cujo objetivo é ensinar empresas a participarem de licitações públicas. Érica discutiu a relevância das novas modalidades de contratação, como o diálogo competitivo, e aprofundou os detalhes da Lei Complementar 182/2021, que estabeleceu o marco legal das startups e do empreendedorismo inovador, na intenção de fomentar o ambiente de negócios e trata, inclusive, sobre a contratação de startups pela Administração Pública.

“Sempre que palestro para pequenos empreendedores, há uma grande quantidade que não sabem que podem participar de licitações. Eles pensam que é um processo que só pode ser encarado por uma empresa de grande porte. Procurei desmistificar essa questão em um primeiro momento e logo em seguida elenquei sobre as possibilidades ofertadas pelo governo. Vi uma sede grande dos participantes pelo assunto e tenho certeza de que eles saem daqui bem instruídos e preparados para encarar as diversas licitações que são disponibilizadas para o empreendedorismo inovador”, assegurou.

A CEO da Tech Care, Flávia Pires, acompanhou a realização do curso e pôde compreender a importância do marco das startups. Ela conta que atuou profissionalmente na área de comunicação por 20 anos e lembra que, anteriormente, era inviável uma pequena empresa participar de licitações devido à grande concorrência e às várias restrições. Agora, com as novas regras, ela vê uma grande oportunidade para o desenvolvimento e melhoria das startups. “Acredito que essa legislação veio com o intuito de proporcionar uma abertura necessária. Muitas startups necessitam desse estímulo para impulsionar suas iniciativas e a realização desse curso, com os entendimentos que aqui foram partilhados, certamente contribuirá para o avanço do nosso setor”, analisou.

Empreendedor com mais de duas décadas de atuação no mercado, Otávio Soares foi outro participante a elogiar a realização do curso. Ele conta que sua empresa, especializada na elaboração de soluções a partir de blockchain, sempre foi uma figura presente em processos de licitação com modalidades antigas e revela otimismo com a atualização da legislação brasileira.

Otávio avalia que alguns métodos são mais complexos e, apesar de sua vasta experiência na área, participou da atividade para se manter atualizado com as novas leis e inovações, especialmente no contexto do marco legal das startups. “Aquelas práticas a que estávamos acostumados já serão mais adotadas. Agora, com essa nova legislação, eu percebo que os processos licitatórios serão mais exigentes, porém, muito mais adequados para a realidade dos empreendedores e startupeiros”, observou.

Responsável pela área de transformação digital de uma empresa global focada em aceleração digital, Davi Brussolo elogiou a iniciativa e curso e ressaltou o papel do Sebrae como orquestrador e agente integrador, conectando empreendedores com a administração pública e fomentando o ecossistema de inovação local. Para ele, “a atualização é vista como essencial para abrir a mente de diversas áreas, incluindo o terceiro setor, administração pública, iniciativa privada e startups, promovendo uma visão mais ampla e moderna”.

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