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Encontro no Sebraelab impulsiona desenvolvimento biotecnológico e inovação em Brasília

Realização contou com apoio do Sebrae no DF e também contribuiu para ampliar a visibilidade do parque tecnológico da capital
Por José Maciel Clip Clap Comunicação
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A biotecnologia tem um papel fundamental na criação de soluções inovadoras e sustentáveis para diversos setores. Especialistas no assunto atuam diariamente para converter avanços científicos em aplicações práticas, atitude que impulsiona também o cenário empreendedor, fomentando, por exemplo, a concepção de startups e de empresas que almejam oferecer soluções distintas e inovadoras, impulsionando o progresso econômico e social de regiões e do país.

Uma parcela significativa da área ganhou destaque durante o evento realizado na terça-feira, dia 21 de maio, no Sebraelab, localizado no Parque Tecnológico de Brasília, o BioTIC. No espaço, especialistas e interessados se reuniram para participar da primeira edição de um encontro sobre desenvolvimento biotecnológico, inovação e empreendedorismo, promovido pela Peptidus Biotech com o apoio do Sebrae do Distrito Federal, contribuindo para ampliar a visibilidade do parque tecnológico da capital.

O evento trouxe uma programação estruturada para impulsionar a pesquisa e o empreendedorismo em biotecnologia no Distrito Federal, promovendo palestras, apresentações, mesas redondas e momentos de networking, com o objetivo de promover interações entre instituições de ciência e tecnologia, instituições de ensino superior, empresas, startups e órgãos públicos e, dessa forma, impulsionar ainda mais o desenvolvimento biotecnológico local e nacional.

“Nosso objetivo principal é expor os avanços científicos e tecnológicos na área de biotecnologia e mostrar para a comunidade de startups e empresários o que está sendo feito no Distrito Federal em termos de inovação. Levar a ciência da academia para a sociedade e transformar isso no futuro dos negócios é essencial para o desenvolvimento do nosso ecossistema”, assegurou Bernardo Petriz, founder e CEO da Peptidus Biotech.

Bernardo comentou, ainda, que o ecossistema local e nacional de biotecnologia ainda é pouco desenvolvido se comparado aos de outros países, como os Estados Unidos, local onde a academia consegue vislumbrar grandes montantes de recursos. No entanto, ele garante que o Brasil guarda um potencial enorme por causa de sua biodiversidade e extensão territorial e afirma que a promoção de iniciativas com o propósito de mobilizar o ambiente acadêmico e empresarial para divulgar a ciência feita nas universidades é fundamental para avanços futuros na área.

Foto: Dimmy Falcão | Focus Produção de Imagem

Bernardo comemorou o apoio do Sebrae no DF e ressalta a importância da instituição para o desenvolvimento da biotecnologia local. Segundo ele, a organização desempenha um papel fundamental ao promover conexões e criar um ambiente propício para networking e colaboração entre os diversos atores do ecossistema de inovação, aspecto essenciais para o crescimento e desenvolvimento de startups e empresas inovadoras.

Graduada em Educação Física pelo Centro Universitário UDF e doutoranda pela Universidade de Brasília (UnB), Vitória Assis foi uma das participantes do encontro. Ela conta que desenvolve um trabalho na área de biologia molecular associada ao exercício físico, salienta que a inovação e a originalidade são fundamentais para o avanço do conhecimento científico e que busca estar sempre em ambientes que estimulem a criatividade, aspecto que julga ser fundamental para que cientistas pensem fora da caixa, desenvolvam novas hipóteses e abordagens, e encontrem soluções inovadoras para problemas complexos.

Vitória menciona que o evento é um excelente exemplo de como a criatividade pode ser fomentada na ciência. “A realização de um evento com o objetivo de reunir interessados nesse assunto em um ambiente como esse é incrível. No dia a dia, eu, por exemplo, fico fechada muito no conteúdo que estudo. Aqui a gente consegue enxergar o que está sendo feito por outros profissionais. Conhecemos estudos sobre cannabis e peptídeos e conseguimos interagir com outros cientistas, compartilhar conhecimentos e explorar novas perspectivas, o que enriquece sua própria pesquisa e contribui para o avanço da ciência como um todo”, conta ela.

Amanda Fonseca, graduanda de enfermagem, foi outra participante do evento. Ela lembra que o interesse pela área de iniciação científica começou aproximadamente dois anos atrás, e que atualmente está concentrada na criação de um curativo feito de polímeros que formam uma estrutura de nanofibra para tratar lesões cutâneas, que podem ser decorrentes de doenças como diabetes e úlceras, as quais podem ter predisposição genética ou ser influenciadas por hábitos alimentares.

Para Amanda, o evento representa uma oportunidade para compreender melhor a alta qualidade e o impacto da ciência no país. “A ciência no Brasil existe e é de alta qualidade. Eventos como este permitem a nós, profissionais da área, compreender que o Brasil gera trabalhos de excelência que têm potencial para serem replicados globalmente. É também uma oportunidade para outros profissionais conhecerem os trabalhos em desenvolvimento, estabelecerem contato com pesquisadores locais e compreenderem a magnitude da nossa produção científica. Para mim, que ainda estou na graduação, é especialmente importante, pois posso me conectar com outros profissionais e expandir meu conhecimento”, completa a estudante.