A tecnologia está cada vez mais presente em nosso dia a dia, mudando a forma como nos comunicamos, trabalhamos e interagimos com o mundo ao nosso redor. Na área educacional, a utilização de recursos tecnológicos para fins pedagógicos já é uma realidade. Nesse contexto, o Colégio VIP de Taguatinga realizou no sábado, 11 de novembro, a Feira Jovem Empreendedor, que teve como tema este ano “Tecnologia e Sustentabilidade”.
Tradicionalmente, o evento marca o encerramento anual das atividades do programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), desenvolvido em parceria com o Sebrae no DF. “Esse projeto representa um jeito diferente de estudar, com esse olhar para o futuro com o foco no desenvolvimento de novas habilidades, criatividade, consciência social e empreendedorismo”, afirmou a diretora do Colégio VIP, Nailma de Sousa.
De acordo com Suellen Ribeiro, professora de redação e coordenadora do JEPP na instituição de ensino, a parceria com o Sebrae no DF acontece há alguns anos, mas foi a primeira vez que abordou a temática da tecnologia. “Foi um desafio, mas todos os professores se engajaram no sentido de assimilar a proposta pedagógica. Ao longo do projeto, eles participaram da formação e receberam materiais didáticos para serem trabalhados em sala de aula. E o Sebrae nos deu todo o suporte para chegarmos a este resultado”, contou Suellen.
Ao todo, dez turmas de 6º e 9º anos do ensino fundamental participaram da mostra, dividida em quatro assuntos: soluções sustentáveis; robótica empreendedora; tecnologias digitais e soluções empreendedoras; e geração empreendedora. “Esses estudantes estão tendo a oportunidade de ficar frente a frente com as novas tecnologias, como inteligência artificial, robótica, entre outras linguagens de programação. Eu vejo que estamos formando muitos programadores e profissionais de tecnologia”, destacou o professor de robótica, Renan Rodrigues Alves.
As aulas de robótica integram a grade curricular do Colégio VIP e foram importantes para a elaboração de alguns projetos apresentados durante a feira de empreendedorismo. Com ajuda do professor Renan, os estudantes do 9° ano desenvolveram um barco-robô para coletar lixo dos rios, mares e lagos.
“Nosso projeto foi feito durante as aulas de robótica. É um barco sustentável, criado a partir de sucata e peças de robótica, com uma pá na proa, que ajuda a recolher os resíduos sólidos da água. A ideia da empresa “Clean Water Planet” surgiu após um levantamento de dados de áreas afetadas pelo descarte irregular de lixo”, contou o estudante do 9° ano Guilherme Vieira. Durante uma visita ao Parque Lago do Cortado, em Taguatinga, ele e os colegas retiraram cerca de 10 sacos de lixo do local. O grupo também apresentou a proposta de barreiras para conter o lixo e outros resíduos flutuantes.
Durante a Feira JEPP, as novidades tecnológicas atraíram a atenção de pais, familiares e comunidade que circulavam pelo local. Estudantes do 8° ano investiram em um sistema de reconhecimento facial visando a segurança de informações e pessoas, em especial no ambiente escolar.
“O Face ID é uma empresa de reconhecimento facial que proporciona mais segurança e praticidade em vários setores. Eu gosto muito da área de tecnologia, porém eu tenho o sonho de ser médico. Eu vou me aprofundar nas duas áreas e me tornar um médico especializado em TI”, comentou o estudante Maurício de Souza.
A professora de matemática Vanessa Dias esteve à frente do projeto do 8° ano e falou sobre a importância do Jovens Empreendedores Primeiros Passos. “O JEPP incentiva os estudantes a desenvolverem algo novo, que eles mesmo pensaram, despertando a criatividade, a responsabilidade, a organização e o trabalho em equipe”, frisou Vanessa.
Micheline de Matos, mãe da estudante Valentina, do 7° ano, aprovou a escolha do tema. “Eles estão usando a tecnologia para ajudar outras pessoas por meio desses projetos incríveis, além de incentivar o empreendedorismo desde cedo”, disse ela.
O grupo da Valentina desenvolveu um site com fontes de pesquisa sobre a língua espanhola. “Faltam fontes de pesquisas para a aprendizagem de espanhol. E a proposta da “Interlínguo”, empresa criada pelo 7° ano, é ser uma fonte de pesquisa segura que será alimentada pelos próprios estudantes”, explicou a professora de espanhol, Elda Carneiro.
Para a coordenadora pedagógica do Colégio VIP, Denise Teixeira, a educação empreendedora aliada à tecnologia traz muitos benefícios. “Os estudantes de hoje cresceram lado a lado com a tecnologia. Ao desenvolver os projetos, eles observam algumas dificuldades da comunidade local e da escola, analisam e pensam em soluções que facilitem a vida das pessoas”, concluiu Denise.
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