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Oficina de metodologias ágeis na prática impulsiona inovação empresarial no DF

Pequenos empresários aprenderam a aplicar ferramentas para otimizar gestão de projetos e melhorar resultados
Por Jamile Rodrigues | Clip Clap Comunicação
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Nos dias 8 e 9 de julho, o Sebraelab foi palco da realização de uma oficina sobre metodologias ágeis na prática. A atividade integra o plano de desenvolvimento do projeto InovaTI, uma ação liderada pelo Sindicato da Indústria da Informação do Distrito Federal (Sinfor/DF) em parceria com a BioTIC S.A. e o Sebrae no DF com o objetivo de fornecer conteúdos, estimular parcerias e gerar oportunidades de negócios para o setor de tecnologia distrital.

Cerca de 20 pequenos empreendedores do Distrito Federal participaram da atividade e tiveram acesso a conteúdos e a um conjunto de práticas e princípios voltados ao gerenciamento de projetos e desenvolvimento de esquemas que visam promover a flexibilidade e a eficiência contínua de valor. Essas metodologias têm como foco a colaboração, adaptação, entregas rápidas e incremento de produtos.

As metodologias ágeis permitem que o empresário tradicional, que está na fase de organizar o negócio, consiga entrar numa outra fase: a de ideação e validação. Isso ajuda a se adequar ao mercado sempre num processo de experimentação, colocando-se no lugar do cliente, algo que muitos não fazem. “Inovação e metodologias ágeis têm tudo a ver”, destacou o consultor Rogério Resende durante a oficina.

De acordo com Rogério, o principal desafio que os empreendedores enfrentam para implementar as metodologias é a falta da métrica guia, ou seja, entender e definir uma prioridade máxima dentro da empresa para um período específico. ‘‘Basicamente o empresário esquece de se perguntar quais são os objetivos que ele tem para os próximos meses ou anos. Sem entender qual a necessidade de crescimento é impossível aplicar a metodologia ágil. Então, durante a mentoria, o que me preocupei foi em questionar os alunos sobre quais dores eles precisam resolver e só assim é possível avançar na construção das práticas’’, ponderou o professor.

André Pacheco, proprietário da Calango Trip, empresa de viagens focada em roteiros e experiências na região da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, já tinha ouvido falar sobre as metodologias ágeis, mas ainda não havia tido contato para colocá-las em prática no seu negócio. ‘‘Estou sempre de olho nos cursos ofertados pelo Sebrae no DF e quando vi essa oficina me interessei para expandir meu conhecimento na área. Acredito que o que aprendemos aqui vai servir como um start para a adaptação da equipe às novas práticas e a mudança de mentalidade na hora de definirmos o que queremos para o nosso negócio e assim, acelerar nossas entregas e melhorar ainda mais a relação com nossos clientes’’, comentou André.

Camila Meirelles, esposa de André, é sócia na Calango Trip e diretora de marketing da ObraZap, uma empresa que conecta clientes interessados com profissionais que executam reformas e reparos de forma dinâmica. Ela também participou da oficina pois está sempre buscando formas de melhorar a gestão nas duas empresas em que atua. ‘‘O que mais me chamou a atenção foram as ferramentas para alavancar nosso trabalho e agilizar o serviço. A criação de agentes de IA para atendimento inicial e redirecionamento posterior foi um dos pontos mais úteis para mim”, disse. Ambos enfrentam desafios para aplicar as metodologias ágeis em seus negócios, especialmente na definição de uma métrica guia clara para todos na empresa. “Isso é algo que vamos começar a trabalhar agora”, explicou André.

A psicóloga clínica e escolar Claudia Fernandes, empreendedora que participou da oficina, iniciou sua jornada empresarial este ano, desenvolvendo projetos na área de aprendizagem criativa. Após ganhar uma premiação no ano passado e entrar em uma residência de aprendizagem criativa, Claudia começou a desenvolver seus projetos, incluindo a criação de um site para promover suas ideias e está participando de vários cursos e oficinas promovidos pelo Sebrae no DF.

‘‘Gostei bastante da oficina porque me fez perceber a importância de criar e testar hipóteses continuamente. Adaptei ferramentas de aprendizagem criativa, como o scratch, para a área da psicologia e agora, meu desafio é alcançar novos pacientes para trabalhar com aprendizagem criativa. Com certeza as metodologias aprendidas na oficina vão me auxiliar nesse processo’’, destacou Claudia.

O professor Rogério recomenda que as empresas tradicionais passem por programas de incubação e aceleração de startups para entrar numa nova mentalidade. “Quando estamos na rotina, nos perdemos na repetição. Quando saímos e entramos em outro ambiente, nos permitimos pensar de uma nova forma. Então, minha recomendação é procurar um programa de incubação ou aceleração. Incubação é mais indicada para quem está começando sozinho, enquanto aceleração é ideal para empresas. Com isso, os empresários poderão alavancar seus negócios de forma ágil e metodológica’’, concluiu.

  • metodologias ágeis; Sebraelab; InovaTI;