ASN DF Atualização
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Encontro apresenta caminhos para desenvolver agroindústrias distritais

Realização conta com apoio do Sebrae no DF e proporcionou debates com a presença de representantes do governo e de agroindústrias
Por José Maciel | Ex-Libri Comunicação
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A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri), em parceria com o Sebrae no Distrito Federal e o Sistema Fape/Senar-DF promoveram, entre os dias 8 e 10 de junho, o 3 º Encontro Distrital da Agroindústria. A iniciativa ocorreu no auditório do Centro Nacional de Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), localizado na Asa Norte, com a finalidade de debater propostas que amparem o desenvolvimento da produção agroindustrial brasiliense.

O Encontro anterior havia acontecido em meados de 2019, quando foi destacado o vigor produtivo encontrado nas áreas rurais próximas à Capital Federal, bem como o esforço de instituições e do governo para potencializar o desenvolvimento de pequenos produtores rurais.

O discurso adotado na edição deste ano não foi diferente e quem acompanhou a cerimônia de abertura e os conteúdos iniciais da programação mostrou-se satisfeito e esperançoso com o incentivo à formalização de produtores, parcerias e investimentos, além das oportunidades para aperfeiçoamento profissional do setor.

Cândido Teles de Araújo, secretário de Agricultura do DF, abriu o encontro comentando que o governo local dá uma atenção especial ao setor das agroindústrias e citou algumas iniciativas que visam impulsionar a atividade rural no DF, como o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) e o trabalho desempenhado pela Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova). Ele também frisou que o objetivo do trabalho da Seagri é orientar, não punir, o pequeno produtor e reforçou a pujança presente no campo do DF. “Queremos mais indústrias em Brasília e temos mercado para isso”, salientou.

O secretário ainda falou aos presentes sobre o plano para desenvolvimento rural sustentável, previsto para ser lançado no fim deste mês e que trará eixos de desenvolvimento sustentável para a agropecuária local nos próximos 20 anos. Teles comentou, ainda, a importância do Sebrae dentro desse processo de desenvolvimento rural e chamou a instituição de “casa de soluções” que está sempre acessível ao pequeno produtor rural.

Também presente à abertura, Rose Rainha, diretora técnica do Sebrae no DF, lembrou aos produtores rurais que a instituição dispõe de uma série de soluções, em especial consultorias, que são capazes de promover o amadurecimento e o avanço de empreendimentos rurais. “Nosso objetivo com o apoio a este evento é valorizar o campo e incentivar o produtor a melhorar cada vez mais o seu negócio. O Sebrae e as instituições aqui presentes caminham de mãos dadas com os produtores”, observou a diretora.

Rogério Tokarski, vice-presidente Sistema Fape/Senar-DF, reforçou o objetivo do evento e disse acreditar que a realização do encontro e dos conteúdos municiados ao longo dos três dias irá fortalecer o trabalho desenvolvido em pequenas propriedades rurais e negócios familiares.

Durante o primeiro dia, o público presente ao encontro pôde conferir palestras sobre o funcionamento do serviço de inspeção de produtos de origem vegetal e animal no DF, um panorama do cenário agroindustrial no território brasiliense. Atualmente, há cerca de 130 agroindústrias cadastradas no DF.

Em um outro momento, os produtores conferiram uma palestra sobre a elaboração de plantas para empreendimentos agroindustriais com a especialista em higiene, mestre em saúde animal e instrutora em segurança alimentar e agronegócio Loiane Mayra Jacó. Ela frisou em sua apresentação a importância de se elaborar um projeto adequado e fiel à legislação vigente para que boas práticas de fabricação possam ser desenvolvidas pelo agricultor ou empreendedor rural como uma espécie de ferramenta que irá agregar qualidade aos alimentos processados, garantindo que o público final consuma alimentos seguros.

Os produtores assistiram, ainda, palestras sobre legislação previdenciária; detalhes das ações do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (AT&G), coordenado pelo Sistema Fape/Senar-DF com a finalidade de orientar o produtor tanto no manejo produtivo quanto nas questões gerenciais; vantagens da obtenção do Selo Arte e a da valorização de produtos artesanais; a atuação da Emater no DF; além de particularidades do mercado atual da charcutaria artesanal no DF.

O terceiro e último dia de evento foi inteiramente destinado ao universo das bebidas produzidas artesanalmente, como vinhos e cervejas. A engenheira de alimentos e consultora especialista no assunto, Marianna Rabelo, foi uma das responsáveis por compartilhar conteúdos e informações valiosas com o público presente.

Marianna iniciou sua exposição apresentando um panorama do mercado cervejeiro no Brasil e no Distrito Federal. Ela também destacou a expansão do mercado no país ao longo dos últimos anos, comentou que essa tendência se manteve mesmo em meio ao período pandêmico e, em seguida, falou sobre noções básicas e tendências para o setor, como a utilização de latas para envasar o produto, a fabricação de cervejas premium, o uso da logística B2C, a utilização de insumos locais, a abertura de brewpubs e os crescentes incentivos legais e financeiros.

O território brasileiro conta, segundo o Anuário da Cerveja 2020, com um total de 1.383 cervejarias registradas no Ministério da Agricultura. Desse total, 12 estão sediadas no DF, mas a expectativa é que esse número já seja um pouco maior.

Ainda segundo o anuário, o número total de registros de produto para cerveja no Brasil chegou a 33.963 durante o primeiro ano da pandemia.

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Informações para a imprensa

Paulo César Gusmão Gomes

Gerente ASCOM – Assessoria de Comunicação

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