Os corredores, salas de aula e quadras esportivas do Colégio Moraes Rêgo se tornaram espaços para negócios no último sábado (11). Os alunos de 1º ao 9º ano colocaram em prática suas habilidades empreendedoras para vender seus produtos planejados e produzidos nos últimos meses, por meio do programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP). Foi a primeira vez que o colégio participou do evento em parceria com o Sebrae no DF.
Pipoca, brigadeiros, plantas, sachês perfumados para decoração, arranjos florais, adereços de cabelo: esses são alguns dos produtos que os alunos venderam na feira. Eles precisaram planejar, produzir, precificar e vender.
“O projeto tem todo um processo, vai trabalhando durante o ano pra culminar nessa feira. A gente tem um consultor especialista do JEPP que vai às escolas para fomentar o empreendedorismo junto com o corpo docente, nas crianças. O resultado de tudo isso se dá nessa feira”, explicou a gestora do projeto Agente Local de Inovação da Educação Empreendedora do Sebrae no DF, Débora Nunes Augusto.
O Agente Local de Inovação apresentou o projeto JEPP para o colégio, que já realizava uma feira para alunos do 4º e 5º ano. O JEPP trouxe formação e ampliou a iniciativa para outras séries. Um sucesso, na avaliação da direção da escola.
“Conseguimos estimular habilidades como criatividade, liderança, trabalho em equipe. É um start pra toda vida deles”, conta Andrea Falcão, diretora pedagógica do Colégio Moraes Rêgo.

Já a diretora geral do colégio, Simone Moraes Rêgo, apostou que dali sairão os próximos empreendedores da Capital Federal. “Eles criaram a própria empresa com logomarca. Sempre tinha um responsável na parte financeira, um que planejou. Eles serão os nossos futuros empreendedores de Brasília”, diz a educadora.
A orientadora da escola, Maria Mariane Passos, ressaltou que o futuro já começou para alguns. “Teve aluno me falando que quer ser empreendedora, que viu que pode fazer “n” coisas. Um aluno que estava vendendo cookie disse que descobriu que gosta da culinária e que vai para a gastronomia.”
Prestes a ingressar no ensino médio, o aluno do 9º ano, Luís Felipe Atiê, disse que também aproveitou a oportunidade da feira para pensar na carreira e na vida: “Empreendedorismo é muito importante pro nosso futuro. Saber empreender dá mais opções para acessar e construir nossa trajetória”, diz o estudante.
A mãe dele, Ana Lúcia Atiê, acredita que o filho saiu mais amadurecido depois da experiência: “Eles aprendem todo processo. Tem um antes, durante e depois, ficar aqui vendendo seu produto é importante também, é crescimento.”
Pensar no futuro passa também pela preocupação com sustentabilidade, que foi o tema trabalhado na feira por algumas turmas – como o 6º ano B, que teve a professora de produção de texto Sumiko Higuti à frente do projeto.
“A gente começou na semana pedagógica em julho e veio o tema sustentabilidade pelo Sebrae. Voltamos das férias pedindo aos alunos trazerem cápsulas de café e caixinhas de leite. Fizemos porta-trecos e enfeites de natal, porque como a feira é em novembro, pensamos que já seria uma boa ideia vender itens comemorativos.”

