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Geração de empregos, planejamento territorial, legislação urbanística e a expansão do setor produtivo foram alguns dos temas abordados na mais nova edição do Correio Talks, ação promovida pelo jornal Correio Braziliense na última quarta-feira, 10 de novembro. O evento foi mediado pela jornalista e colunista Samanta Sallum e contou com a participação do superintendente do Sebrae no Distrito Federal, Valdir Oliveira, em um painel que debateu o futuro econômico do DF por meio do fomento ao setor privado.
Além de Valdir Oliveira, o painel contou com a participação do secretário de Economia do DF, André Clemente; do vice-presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra/DF) Pedro Verano; e do presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi/DF), Eduardo Aroeira.
Valdir Oliveira abriu sua participação no painel refletindo sobre a importância das micro e pequenas empresas para a economia e defendendo-as como pivô para o desenvolvimento socioeconômico da capital federal. “98% dos nossos CNPJs são de micro e pequenas empresas. Essa é a realidade econômica do Distrito Federal. Apostar no pequeno negócio é apostar no desenvolvimento do nosso território”, assegurou.
O superintendente também comentou sobre as dificuldades impostas pela crise que afetou o Brasil em decorrência da pandemia de covid-19, acontecimento que teve reflexo em todos os segmentos empresariais. “Essa pandemia acabou trazendo um grande empobrecimento das pessoas de uma forma geral, porque ela acabou ajudando uma concentração de renda e acabou pegando algumas pessoas que tinham avançado no seu crescimento de renda e destruiu isso”, observou Valdir. Nessa ocasião, ele pontuou que, segundo estudos, as micro e pequenas empresas enfrentam dificuldades para se manter após 27 dias sem faturamento, o que ocasiona no fechamento de muitos negócios.
Outro ponto observado por Valdir Oliveira durante o painel foi a complexidade do sistema tributário em vigência no país. Segundo ele, o modelo atual de tributação afeta de maneira significativa a operação das micro e pequenas empresas e o desempenho dos microempreendedores. “Isso é um grande mal para a nossa microempresa, tira o que a constituição deu para os microempresários, porque você não pode dar a condição de competividade de uma empresa que fatura 10 mil para uma que fatura 100 milhões por mês, e a distribuição tributária iguala a condição. Seria importante uma revisão”, pontuou.
Valdir também aproveitou a ocasião para explicar a forma como vem ocorrendo a atuação do Sebrae dentro do território brasiliense. Ele frisou a decisão que a instituição teve durante a pandemia, de colocar consultorias e capacitações gratuitas com o objetivo de apoiar os pequenos negócios locais em meio a um dos momentos mais complicados da história recente da humanidade. “O pequeno empresário que se sentia perdido, que precisou fechar suas portas, repensar no seu negócio, precisava de uma nova compreensão do seu negócio, enxergar a nova realidade, e o Sebrae viabilizou isso”, explicou Valdir
O superintendente do Sebrae no DF também aproveitou o painel para comentar sobre a possível ampliação do faturamento anual do Microempreendedor Individual (MEI). Segundo Valdir, o esforço dentro do Congresso Nacional tem sido grande para que o valor salte de R$ 81 mil para R$130 mil e que também seja possível a contratação de até dois funcionários. O Projeto de Lei que propõe tal mudanças recebeu aval positivo do Senado Federal e agora será analisado pela Câmara dos Deputados. Caso seja aprovado sem alterações, o texto seguirá para sanção do presidente Jair Bolsonaro para começar a valer. A expectativa de milhares de microempreendedores é que as novas mudanças estejam disponibilizadas já em janeiro de 2022.
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