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Circuito de oficinas marca os 10 anos da Educação Empreendedora

As oficinas foram alinhadas à realidade vivenciada pelos professores em sala de aula e foram desenvolvidas considerando a BNCC
Por Deividi Lira | AIs Comunicação
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Em comemoração aos 10 anos da Educação Empreendedora, o Sebrae no DF promoveu dois dias de oficinas para professores, orientadores educacionais, gestores e profissionais da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Total imersão com foco em estratégias de mediação da aprendizagem, que promovem a articulação entre o “Pensar, Fazer e Sentir”. As oficinas deram sequência ao Seminário da Educação Empreendedora, que ocorreu na última quinta-feira (10).

Em certas ocasiões, tendemos a nos concentrar bastante na teoria, mas esta imersão, esse momento compartilhado com um grupo específico, visa proporcionar a eles uma verdadeira vivência da Educação Empreendedora. O objetivo é que possam não apenas compreender conceitos, mas também encontrar soluções práticas aplicáveis ao ambiente escolar”, explicou a analista do Sebrae no DF e gestora do Programa ALI Educação Empreendedora, Débora Nunes Augusto.

Conduzido pela mestre em Educação, Manu Bezerra, o circuito de oficinas “O Insight virou verbo!” explorou processos criativos dos participantes e abordou temas como: Scrapbook Pedagógico – Aprendizagens Visíveis, Criação de Narrativas Potentes, Bricolagem de Linguagens e World Café – Design de Conversas.

No design de narrativas, eles utilizam linguagens multimodais, que são textos com diversidades de formato, infográficos, mapas mentais, vídeos, podcasts, memes, gifs. Esses recursos narrativos ajudam a desenhar um processo de comunicação sobre uma situação-problema que os participantes identificaram na oficina de design de conversa e apresentam uma proposta de solução”, explica Manu Bezerra.

Ao final de cada oficina, os participantes saíram não somente com um produto manual ou virtual, mas também passaram a ter uma visão clara de práticas efetivas no ambiente educacional.

Gleiser Valério é professor e membro da equipe de Políticas de Leitura. Esta foi a primeira vez que ele teve contato com o conceito da Educação Empreendedora e compreendeu que o empreendedorismo vai muito além de abrir um negócio.

Empreender é para gerar protagonismo, para a gente repensar a prática e até desenvolver um trabalho escolar. Empreender também é trabalhar juntos para chegar a resultados que tenham realmente efetividade em sala de aula”, analisa o professor.

Luciana Cavalcante é formadora no Centro de Vivências Lúdicas Oficinas Pedagógicas. Por meio de cursos de capacitação, ela vai ensinar os professores da rede pública os conceitos da Educação Empreendedora.

Primeiro vou apresentar o que é a Educação Empreendedora e depois as estratégias que eles podem utilizar para colocar isso em prática na vida deles e na sala de aula, mostrando para os alunos que podem ser empreendedores”, diz Luciana.

As oficinas estiveram alinhadas à realidade vivenciada pelos professores em sala de aula e foram desenvolvidas considerando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

“Todo design da experiência de aprendizagem das oficinas foi pensado para impactar e ser aplicada no contexto escolar”, completou Manu Bezerra.

ALI Educação Empreendedora

Presentes nas oficinas, os Agentes Locais de Inovação da Educação Empreendedora (ALI) tiveram a oportunidade de repensar as práticas educativas em sintonia com a cultura digital.

Formado em Administração e mestre em Finanças Públicas, o africano Gnand Moustafa integra o time de agentes locais de inovação. Ele atende 14 escolas públicas do Distrito Federal desde março deste ano. Gnand disse que irá compartilhar com os educadores as estratégias ensinadas nas oficinas. “Temos que sensibilizar os professores sobre como podem potencializar as redes sociais em sala de aula, para que os alunos façam pesquisas, e assim promovam aulas mais dinâmicas”, avalia.

Servidora aposentada, Deniz Abreu decidiu somar à equipe de ALI Educação Empreendedora. Ela trabalha com professores e gestores de 15 escolas, a maioria de ensino fundamental I (6 a 10 anos). Segundo Deniz, as oficinas ensinaram práticas inovadoras, que levam o empreendedorismo para dentro do espaço escolar.

Hoje a gente viu algumas ferramentas diferentes. Nós trabalhamos designs diferentes, algumas práticas de design thinking, bricolagem, alguma coisa de instagramação, que é o que o menino acessa, é o que o professor está acessando. O Sebrae disponibiliza muito material para o professor, como suporte”, explica Deniz.

As oficinas ocorreram nos dias 10 e 11 de agosto no SebraeLab.