O Colégio Santo Antônio, na Asa Sul, foi palco, no sábado, 8 de novembro, da segunda edição da Feira de Empreendedorismo do Programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP). A iniciativa foi promovida com o apoio do Sebrae no Distrito Federal, que capacitou os professores para que pudessem atuar como multiplicadores e transmitir o conhecimento adquirido aos alunos da escola.
Durante a realização do evento, os estudantes puderam aplicar na prática o que aprenderam em sala de aula, incluindo a elaboração de um pequeno negócio e suas etapas, junto à temática do livro do JEPP, como a realização de pesquisas de mercado, a gestão financeira, a confecção de produtos para venda e a aplicação de técnicas de atendimento ao cliente, entre outros. De forma simultânea à feira, o colégio também realizou a Mostra de Conhecimento, uma iniciativa consolidada no calendário da unidade de ensino desde 2014, que incentiva o empreendedorismo entre os alunos do 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental.

A gestora do Colégio Santo Antônio, Alana Sampaio, comemorou a realização da feira e salientou que a implementação do programa estimula a prática da educação financeira, além de promover socialização e inclusão. “São um conjunto de práticas que ajudam a desenvolver o espírito empreendedor nos alunos. Eles desenvolvem habilidades e ao mesmo tempo aplicam conhecimentos de matemática e de outras disciplinas na construção de suas empresas”, pontuou.
“Na grade curricular do colégio, temos um componente de empreendedorismo, e o apoio do Sebrae no DF facilita a conquista dos objetivos estabelecidos nessa proposta. Uma consultora do Sebrae nos acompanhou ao longo do ano, repassando dicas e feedbacks para os alunos, ajudando-os a aprimorar suas ideias. Hoje, eles estão aqui, mostrando o que realmente idealizaram: suas empresas, slogans e produtos que criaram”, acrescentou a assessora pedagógica, Larissa Souza.
Entre os profissionais capacitados pelo Sebrae no DF, está a professora Débora Costa, que destacou a importância do projeto na formação dos estudantes. O programa abrange temas como educação financeira, a história dos produtos, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, em conformidade com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), com ênfase nas questões de pobreza e alimentação.
“Hoje, temos acesso a muitos jovens que ainda estão incertos sobre seus objetivos. É fundamental começar desde cedo para que possamos orientá-los na descoberta de suas aspirações. O empreendedorismo não é importante apenas no contexto dos negócios, mas, acima de tudo, na vida”, afirmou.
A capacidade de transformação do empreendedorismo era notável na animação e o envolvimento de cada estudante. Isadora Granado, do 6º ano, compartilhou suas experiências no projeto, ressaltando que, embora tenha surgido com diversas ideias, acabou vendendo palha italiana. Antes de participar da feira, ela já havia realizado vendas no condomínio onde mora, onde também acontece uma feira de empreendedorismo, e considerou a experiência enriquecedora.

Estudante do 7º ano, Gustavo Ventura também demonstrou o poder de transformação do programa. Ele descreveu a trajetória até a realização da feira como uma experiência diferente e que trará um impacto positivo para o futuro dos estudantes da unidade educacional. “Durante essa jornada no empreendedorismo, nossa professora nos ensinou a calcular preços e a determinar o valor que deveríamos cobrar por nossos produtos para obter lucro. Ela nos alertou contra ideias mirabolantes, ressaltando que elas podem não funcionar. Precisamos seguir nossas intuições, mas sempre mantendo os pés no chão”, comentou.
Valéria Bastos, mãe de aluno da instituição de ensino, falou da satisfação com o projeto. “Achei interessante participar desse projeto porque ajuda as crianças a desenvolverem uma visão de negócios e mercado, aprendendo a organizar e entender o que precisam fazer para conquistar os clientes. Além disso, elas exercitam a empatia ao considerar as opiniões e expectativas dos consumidores, pensando sobre sua marca e o que vender”, observou.
Alexandre Mantovani, pai de outro estudante do 6º ano, também elogiou a iniciativa, afirmando que o projeto contribuiu para o desenvolvimento de habilidades em disciplina, matemática e planejamento, e expressou sua esperança de que alguns alunos se tornem empreendedores no futuro.

