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O Cerrado vai à escola: alunos de Brazlândia promovem feira empreendedora

Conceitos da metodologia Jovens Empreendedores Primeiros Passos foram utilizados para a realização da feira
Por Keyla Reis I Als. Comunicação
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Estudantes do Ensino Fundamental da Escola Classe 05 de Brazlândia promoveram, no último sábado (23), com apoio do Sebrae no DF, uma feira empreendedora sobre o bioma Cerrado. Foi a partir dos conceitos da Educação Empreendedora, levados para a sala de aula pelos agentes locais de inovação (ALI) que foi possível realizar a Feira Cerrado Empreendedor, onde os protagonistas foram crianças e adolescentes com idades entre 4 e 12 anos. Tudo foi acompanhado pelo Agente de Local de Inovação, o Grupo de Trabalho e docentes de Brazlândia.

Para orientá-los, o Sebrae no DF realizou uma palestra sobre Educação Empreendedora um mês antes do evento, visando motivar os alunos e professores, e ampliar o conhecimento dos estudantes sobre o tema. A metodologia de formação JEPP – Jovens Empreendedores Primeiros Passos -, também foi fundamental para inspirar a feira, com aplicação das práticas pedagógicas dos educadores.

O projeto ALI Educação Empreendedora tem por objetivo estimular o processo de inovação nas escolas públicas e privadas de Educação Básica do Distrito Federal, a fim de fortalecer essa modalidade educacional como instrumento de transformação social.

O papel do agente de inovação educacional é realizar o diagnóstico para planejar as ações de desenvolvimento, identificar as necessidades das escolas, construir um plano de ação e apresentar soluções inovadoras.

O professor Josemar Lopes abraçou o projeto e trabalhou com sua turma, estudantes do 4º ano (crianças de 9 a 10 anos), a economia criativa, trazendo, para a feira, a arte e a cultura como produtos do Cerrado. Os alunos tiveram a oportunidade de realizar um ensaio fotográfico da vegetação do bioma no Parque Ecológico Veredinhas. Eles registraram cerca de mil fotografias de flores, fontes e nascentes, além do aprendizado técnico de ângulo e luz. As fotos foram comercializadas no estande da turma – e nem é preciso dizer que foi um sucesso. Com o valor arrecadado os estudantes pretendem fazer um passeio.

“O Sebrae mostrou que é possível fazer. Trouxemos os conceitos de empreendedorismo para a sala de aula, baseados no JEPP, e mostramos a eles que é possível mudar a própria realidade por meio da Educação Empreendedora”, disse o professor Josemar.

Os estudantes soltaram a imaginação e, principalmente, a criatividade. Na feira havia, ainda, um grande estande de aves do cerrado, feitas a partir de papel paraná e tinta guache. No local, o público também pode comprar cofres feitos por crianças de 4 anos a partir de material reciclável, como latas de leite.

Outra banca que chamou muito a atenção foi o de Flâmulas de Ipê, pintadas por crianças do 1º período. Na produção, foram trabalhadas as diversas cores de ipês que há no cerrado.

E é claro que na feira da Escola Classe 05 não podia faltar o morango, tratando-se de Brazlândia, um dos maiores pólos da produção da fruta, no Centro Oeste. De picolé a fondue, o morango foi utilizado em várias receitas.

“A feira foi muito interessante porque a gente aprendeu a cuidar do dinheiro, a investir e como ter lucro a partir da venda das coisas que nós fizemos. Eu gostei muito”, disse animado o estudante Thales Hidan, 11 anos.

A professora Divanir Ferreira completa: “A feira teve uma importância relevante na vida dos estudantes, pois, desde pequenos, eles aprendem a valorizar o dinheiro, economizar e a ter consciência de como utilizar o dinheiro de forma inteligente”.

O Sebrae no DF segue apoiando iniciativas que promovem e estimulam a cultura do empreendedorismo e o desenvolvimento da Inovação do Distrito Federal.