Experiências enriquecedoras que estão sendo aplicadas em 693 escolas do Distrito Federal foram apresentadas orientadores educacionais na tarde desta terça-feira (16) durante a 4ª Rede de Saberes de Orientação Educacional.
O evento organizado pela Secretaria de Educação e apoiado pelo Sebrae no DF ocorre todos os anos, mas este é o primeiro realizado de forma presencial pós-pandemia. A proposta desta edição foi trazer vivências dos pedagogos- orientadores educacionais da rede pública de ensino do Distrito Federal.
“Eles apresentaram experiências que deram certo na comunidade escolar com nossos estudantes. Esses orientadores vão levar essas ideias dos colegas para aplicar à sua realidade escolar, a partir dos conteúdos, dos conceitos que eles ouviram e puderam ter acesso aqui”, explicou a gerente da Orientação Educacional da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Érika Goulart Araújo.
Presente no encontro, a coordenadora de Políticas Públicas do Sebrae no DF e gestora do projeto Educação Empreendedora, Ana Emília de Andrade, ressaltou aos participantes a parceria do Sebrae com os orientadores educacionais.
“O orientador é uma categoria que faz esse papel de equilibrar o que está acontecendo dentro da escola com os projetos propostos para a instituição, entende os dilemas dos estudantes, trabalha a evasão escolar e o Sebrae também trabalha esta dificuldade. Para nós fazendo essa parceria, a gente está caminhando com a pessoa certa, com os personagens certos, porque eles têm a mesma missão: deixar a escola harmoniosa, pensativa, buscar transformar realidades, buscar realizar o sonho dos estudantes e é isso que o Sebrae quer também.”
Em 2017 o Sebrae no DF estabeleceu uma importante parceria com a Secretaria de Educação por meio da assinatura do primeiro Termo de Cooperação Técnica. Em 2021 as duas partes assinaram um novo termo, que tornou a parceria ainda mais forte, expandindo projetos do Sebrae para a rede pública de ensino do Distrito Federal e os orientadores educacionais exercem um papel importante na implantação desses projetos.
“Esses profissionais são um elo entre aluno, professor, gestão pedagógica e toda a comunidade escolar, a partir de uma teia de parceiros, que chamamos de rede de apoio. E o Sebrae entra como um parceiro dessa rede, com um dos seus projetos da Educação Empreendedora, que conversa e dialoga com os princípios desses profissionais. A ‘dobradinha’ orientação educacional e Sebrae tem dado muito certo”, afirmou a gerente da Orientação Educacional da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Érika Goulart Araújo.
Para a coordenadora de Políticas Públicas do Sebrae no DF, Ana Emília, os 1.083 orientadores educacionais exercem o papel de multiplicadores nas escolas, incentivando seus alunos a serem cidadãos mais participativos na sociedade e comprometidos com suas realidades.
“Preparando os orientadores, vamos ter professores e alunos motivados e uma educação melhor. Plantando essa sementinha aqui, a gente acredita que vamos ter pessoas aqui no Distrito Federal melhores com um comportamento ativo, que vão pensar diferente, que vão se preocupar com o próximo.”
Durante o evento, os participantes apresentaram boas práticas adotadas nos ensinos infantil, fundamental, médio e profissional e na Educação de Jovens e Adultos.
O tema central da 4ª edição da Rede de Saberes de Orientação Educacional foi trazido por meio de uma palestra pelo consultor em gamificação para Educação do Sebrae no DF, Alysson Sanches. Ele detalhou aos profissionais como os games aplicados em sala de aula têm gerado resultados positivos nos indicadores de aprendizagem e no desenvolvimento da competência socioemocional dos estudantes do Distrito Federal.
“Os educadores conseguem compreender o desenvolvimento do aluno em matemática, por exemplo. Se o aluno tira 3, ele não está bem. Se tira 8, ele está bem. Mas como mensurar a empatia de um aluno? Como mensurar o desenvolvimento da habilidade de cooperação ou da tolerância? A gamificação entra como ferramenta para mensurar esses indicadores.”
A prática está se tornando realidade em instituições do Distrito Federal. Um projeto piloto está sendo aplicado atualmente na Escola Classe 604, em Samambaia e no Centro de Ensino Fundamental Bonsucesso (CEF), na zona rural de Planaltina.
Sheyla Rose Calixto é orientadora educacional do CEF Bonsucesso. Ela relatou aos colegas que é perceptível a mudança na relação dos alunos com a escola, depois da aplicação da gamificação.
“Na tela de início do aplicativo, o aluno passa por algumas perguntas. Como você está se sentindo hoje? Você está triste? Está ansioso? Está feliz? A partir do momento que ele responde uma dessas perguntas, lá no final do game, já gera um relatório automático que vai nos dar embasamento para saber lidar com o problema daquele aluno, de forma individual e até mesmo por turma.”
A apresentação deste projeto no evento despertou a atenção de vários profissionais, que já querem implantá-lo nas escolas em que atuam, como é o caso da Leilane Araújo, orientadora do CEF 2, a escola mais antiga de Planaltina. A instituição atende 1.104 estudantes em dois turnos, dos ensinos fundamentais I e II.
“A gente tem 40 turmas lá na escola. Eu vi que este projeto de gamificação nos ajuda no mapeamento que fazemos todo início de ano. Então, vou conseguir ver as necessidades individuais e coletivas ao mesmo tempo. Durante os jogos, eu já vou conseguir colher essas informações e fazer o direcionamento que o estudante ou que a turma necessite.”
O encontro da 4ª Rede de Saberes de Orientação Educacional foi realizado no Auditório do Centro Universitário IESB, na Asa Sul de Brasília
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