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Empreenda Mulher encerra trilha de inclusão produtiva no Recanto das Emas com certificação e exposição de negócios

Iniciativa do Sebrae no DF em parceria com a Secretaria da Mulher e a Casa da Mulher Brasileira formou dezenas de mulheres em empreendedorismo e autonomia financeira
Por Jamile Rodrigues | Clip Clap Comunicação
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Entre histórias de recomeço, troca de experiências e novos planos de negócio, o Empreenda Mulher concluiu sua trilha de capacitações na Casa da Mulher Brasileira, no Recanto das Emas, nesta quinta-feira, 27. A iniciativa, promovida pelo Sebrae no Distrito Federal em parceria com a Secretaria de Estado da Mulher e a própria Casa, reuniu mulheres atendidas pela rede de proteção e fortalecimento feminino da região para um momento de certificação, troca de experiências e exposição dos produtos desenvolvidos ao longo do percurso.

A trilha formativa foi realizada entre os dias 16 de outubro e 27 de novembro, com carga horária total de 24 horas, distribuídas em seis encontros semanais presenciais. Ao longo desse período, as participantes tiveram acesso a conteúdos voltados ao empreendedorismo feminino e à autonomia econômica, com oficinas e palestras sobre autoconhecimento, motivação, planejamento de negócios, formalização como MEI, precificação, controle financeiro, redução de custos, vendas, atendimento ao cliente, uso estratégico das redes sociais, além de reflexões sobre independência financeira e desenvolvimento pessoal.

O encerramento contou também com uma feira de exposição, em que as alunas apresentaram produtos e serviços que já desenvolvem na região, como gastronomia, beleza, artesanato e comércio local, transformando o espaço em uma vitrine viva do que foi construído durante a formação.

Durante a cerimônia, o administrador regional do Recanto das Emas, Carlos Dalvan, destacou o papel do empreendedorismo como ferramenta de transformação social e valorizou a atuação conjunta entre poder público e o Sebrae.

“Nós abraçamos o projeto Cidade Empreendedora porque sabemos que, por meio do empreendedorismo, sonhos são realizados e a sociedade consegue avançar, crescer e se desenvolver. Obras são importantes, creches, hospitais e praças são importantes, mas o mais importante é cuidar de pessoas. A mulher tem um olhar coletivo, porque ela cuida, zela e se preocupa com as pessoas para além da própria casa. Então, a mensagem que deixamos para as mulheres do Recanto das Emas é que contem com a gente”, ponderou.

Foto: Dimmy Falcão | Focus Produção de Imagem

A subsecretária de Promoção das Mulheres, da Secretaria de Estado da Mulher, Renata D’Aguiar, reforçou a importância da parceria com o Sebrae para o fortalecimento da autonomia financeira feminina e o enfrentamento à violência contra a mulher.

“A missão da Secretaria da Mulher é fortalecer essas mulheres. Queremos que elas prosperem no mercado de trabalho, no empreendedorismo, em qualquer que seja a trilha que escolham. Muitas mulheres enfrentam desafios enormes e a dependência financeira, muitas vezes, é o que as mantém presas em relações abusivas. Então, poder realizar momentos como esse, de qualificação e geração de renda, é muito importante para que elas consigam se libertar. Isso é muito forte para a gente. E essa é uma missão da nossa vice-governadora Celina Leão, que entende isso profundamente’’, pontuou ela.

Representando o Sebrae no DF, a diretora-superintendente Rose Rainha destacou que o encerramento é apenas o começo de uma nova etapa para as participantes.

“É uma alegria enorme ver essas mulheres vivendo esse momento, ver esse carinho e essa dedicação nesse programa. Mas essa jornada não termina aqui. O Sebrae vai seguir ao lado de todas nessa caminhada, oferecendo capacitação, orientação e apoio em cada momento do negócio. A gente trabalha muito com as mulheres empreendedoras, porque conhece a força da mulher, a força de transformar suas famílias por meio do trabalho. E é por isso que esse programa, em parceria com a Secretaria da Mulher, é tão importante para nós”, afirmou.

Segundo a empreendedora Maria de Jesus, de 48 anos, que atua como manicure, massoterapeuta, costureira e consultora de beleza, o curso mudou sua percepção sobre o próprio negócio e ampliou suas possibilidades de formalização.

Foto: Dimmy Falcão | Focus Produção de Imagem

“Recebi o convite para fazer o curso de empreendedorismo pelo Sebrae e, para mim, caiu como uma luva. Eu nunca tinha feito um curso assim porque achava que era pago. Ele me trouxe uma visão muito ampla do negócio. Eu aprendi a precificar, aprendi não só a fidelizar, mas também a encantar o cliente, porque a concorrência na minha área é muito grande. Agora a minha expectativa é montar definitivamente esse espaço na minha casa, formalizar meu CNPJ pois eu trabalho na informalidade há quase 30 anos. E também quero poder influenciar outras mulheres a entrarem no empreendedorismo”, projetou.

Outra participante, Isabella Chaves, de 25 anos, proprietária da Lado a Lado Burger, relatou como a capacitação contribuiu para aprimorar sua gestão e fortalecer sua visão de negócio no Recanto das Emas.

“Eu sou formada em Direito, estava totalmente em outra área, mas resolvi me arriscar e abrir uma hamburgueria aqui no Recanto das Emas. A ideia da Lado a Lado Burger é trazer um comércio com diferencial em qualidade, tempo de entrega e conceito. Trabalhamos com cozinha aberta, porque eu sei que muita gente tem preocupação com higiene, ainda mais em regiões periféricas. Eu quis mostrar que aqui no Recanto também dá para ter comércio de qualidade, com cuidado, com vigilância sanitária, com gestão séria e o curso veio para me dar ainda mais força para continuar meu negócio”, celebrou a empreendedora.

A gestora do programa Empreenda Mulher no Sebrae no DF, Rafaela Ferreira, da Assessoria de Políticas Públicas e Ecossistemas de Negócios, acompanhou todo o percurso e ressaltou o caráter humanizado da formação, marcada pela escuta ativa e pelo acolhimento.

“Essa trilha não é só sobre negócio, é sobre gente. Antes de falar de números, a gente fala de histórias, de trajetórias, de mulheres que muitas vezes chegam aqui machucadas, inseguras, mas cheias de potencial. O nosso papel é acolher, escutar e criar um ambiente seguro para que elas se reconheçam como protagonistas das suas próprias vidas. O empreendedorismo, para essas mulheres, é também um caminho de reconstrução, de autoestima, de retomada de sonhos e de autonomia. E o que vimos aqui hoje é a prova viva disso’’, concluiu Rafaela.

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