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Ideias de negócios que aliam saúde e qualidade de vida surgem como apostas no mercado brasiliense

Estudo do Sebrae no DF mapeia negócios ligados ao envelhecimento ativo, bem-estar, tecnologia e consumo consciente como estratégias para o futuro do Distrito Federal
Por Clip Clap Comunicação
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Como oferecer qualidade de vida em meio ao envelhecimento da população, às mudanças nos hábitos de consumo e à revolução tecnológica no setor de saúde são questões que se impõem cada vez mais em Brasília. Atento a esse cenário, um estudo do Sebrae no Distrito Federal identificou seis oportunidades de negócio para quem deseja empreender na área, que vão da automação de clínicas médicas à criação de fábricas de cosméticos naturais e orgânicos, passando por academias e centros de socialização para a terceira idade, escolas de inclusão digital e plataformas digitais que aproximam cuidadores e famílias.

Foto: Drazen Zigic/Freepik

Cada uma dessas frentes dialoga com tendências que já estão moldando o presente e terão ainda mais impacto no futuro próximo, com o aumento da expectativa de vida, o fortalecimento da chamada economia prateada, o avanço da transformação digital na saúde e a busca crescente por produtos naturais e sustentáveis. O mapa de oportunidades mostra que, mais do que um setor, a saúde se consolida como um ecossistema de inovação, pronto para ser explorado por empreendedores atentos.

Digitalização como eixo transformador

A primeira frente apontada pelo estudo é a oferta de consultoria e assessoria para automação de clínicas médicas. Em Brasília, onde há grande concentração de consultórios e hospitais privados, a modernização se tornou questão de sobrevivência. Soluções como prontuários eletrônicos, telemedicina, agendamentos online e adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) já não são luxo, mas necessidade. Empresas especializadas em implementar essas ferramentas e treinar equipes encontram um mercado em franca expansão, alimentado tanto pelo perfil exigente do público local quanto por incentivos governamentais voltados à digitalização da saúde.

A transformação digital, no entanto, não se restringe ao universo das clínicas. O Sebrae também identificou espaço para a criação de escolas de inclusão digital para a terceira idade, uma proposta que responde diretamente ao desafio da exclusão tecnológica. Em um mundo onde o acesso a serviços bancários, médicos e públicos depende cada vez mais de aplicativos e plataformas digitais, idosos que não dominam essas ferramentas correm o risco de isolamento. A ideia é oferecer cursos práticos, presenciais e online, com linguagem acessível e apoio intergeracional, permitindo que esse público aprenda desde o básico, como usar um smartphone ou realizar um pagamento digital, até temas avançados, como segurança online. Além de garantir autonomia e prevenir golpes virtuais, a escola promove inclusão social e fortalece o envelhecimento ativo.

Foto: DC Studio/Freepik

Ainda nesse campo, uma das apostas mais inovadoras é o desenvolvimento de plataformas digitais para conectar cuidadores e famílias. Com o envelhecimento da população brasileira até 2050, um terço do país terá mais de 60 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresce a necessidade de profissionais preparados para oferecer assistência domiciliar. A proposta é criar um marketplace capaz de unir famílias a cuidadores verificados, com sistema de avaliações, pagamentos seguros e oferta de treinamentos e certificações. O modelo resolve duas lacunas de uma só vez: dá segurança às famílias que buscam cuidado de qualidade e formaliza uma atividade que ainda é marcada pela informalidade.

Bem-estar e socialização na longevidade ativa

O estudo também destaca oportunidades ligadas diretamente à qualidade de vida da população idosa. Um exemplo é a criação de centros de atividades físicas especializados na terceira idade, que vão além das academias tradicionais. O modelo prevê aulas de pilates, hidroginástica, yoga e musculação supervisionada, tudo adaptado às necessidades do público, sempre acompanhado por fisioterapeutas e educadores físicos. Mais do que prevenir doenças, esses espaços oferecem um ambiente de convivência e aprendizado, reforçando o papel da atividade física como promotora de saúde integral.

Foto: Freepik

No mesmo espírito, os centros de socialização e diversão para idosos surgem como resposta à solidão e ao isolamento que frequentemente marcam essa etapa da vida. Diferentes de clubes ou casas de repouso, esses espaços oferecem atividades culturais, cursos de idiomas, oficinas de teatro e eventos temáticos, criando uma programação diversificada que valoriza o convívio social. O modelo, sustentado por mensalidades acessíveis e parcerias estratégicas, busca tornar-se um polo de lazer inclusivo, transformando o envelhecimento em uma fase ativa, criativa e participativa.

Essas iniciativas apontam para um caminho em que a saúde não se limita a hospitais e remédios, mas envolve bem-estar, integração social e autonomia. E é justamente nesse contexto que a oportunidade da fábrica de cosméticos naturais e orgânicos ganha ainda mais força.

Cosméticos naturais: saúde que começa pela pele

O Brasil já ocupa posição de destaque no mercado global de cosméticos e, dentro dele, cresce de forma acelerada o segmento dos produtos naturais e orgânicos. No Distrito Federal, esse movimento encontra terreno fértil, com consumidores com alto poder aquisitivo, preocupados com saúde, bem-estar e sustentabilidade. A produção de sabonetes, xampus, hidratantes e óleos formulados a partir de insumos do Cerrado e da Amazônia atende a uma demanda crescente por itens livres de químicos agressivos, veganos e cruelty-free.

Foto: Freepik

Nesse cenário surge a Évora Nutricosméticos, criada por Mafalda Daniela Moreira Coelho Gomes, empresária que já atuava na distribuição de medicamentos e decidiu expandir para o setor de beleza. A marca nasceu em 2021 e, em 2023, ganhou CNPJ próprio, marcando o início de uma trajetória independente no mercado.

“Funcionou, mas não na escala que esperávamos, então em setembro de 2023 separamos a Évora da distribuidora e criamos um CNPJ próprio. Foi o marco do lançamento da nossa primeira linha de dermo com aspectos voltados à economia criativa”, relembra Mafalda.

Atualmente, a empresa já conta com 19 produtos, todos formulados internamente e produzidos de forma terceirizada por fornecedores certificados. Os itens carregam selos de certificação vegana, são dermatologicamente testados, utilizam extratos naturais e não passam por testes em animais. “Eles trazem simplicidade com ativos de qualidade”, resume a diretora.

Com apoio do Sebrae no DF, a Évora participou de feiras nacionais importantes, como a Beauty Fair, em São Paulo, e a Hair Brasília, ampliando sua rede de parceiros e consumidores. “Conseguimos comercializar muitos produtos e fazer diversas parcerias, e não atingiríamos esse patamar sem o apoio do Sebrae do DF”, afirma Mafalda.

A relação com a instituição vai além da participação em eventos. Ela inclui consultorias, treinamentos e apoio estratégico tanto para o segmento B2B, que responde por 80% das vendas da empresa, quanto para o B2C, por meio do e-commerce. A meta, segundo Mafalda, é abrir a primeira loja física da marca em até três anos. “Já estamos consolidados como marca e somos bem aceitos pelo público-alvo para isso”, projeta.

Serviço – Évora Nutricosméticos

Instagram: @www.instagram.com/amoevora/

Site: www.amoevora.com.br

WhatsApp: 61 9 8317-1463

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