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Circuito de Ciências mobiliza estudantes do Plano Piloto

Com o tema “Água para quê?”, a 14ª edição do programa da Secretaria de Educação reuniu mais de 50 escolas no Centro de Ensino Médio Integrado do Cruzeiro
Por Jamile Rodrigues | Clip Clap Comunicação
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O Centro de Ensino Médio Integrado (CEMI) do Cruzeiro recebeu, na última quinta-feira, 28 de agosto, a 14ª edição do Circuito de Ciências do Distrito Federal – Etapa Regional Plano Piloto. Promovido pela Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF), a iniciativa estimula estudantes e professores da rede pública a desenvolverem projetos científicos e experimentos, alinhados a uma temática definida anualmente. Em 2025, a reflexão proposta foi sobre o uso consciente da água, a partir do tema “Água para quê?”.

De acordo com Sandra Cristina de Brito, coordenadora da Regional de Ensino do Plano Piloto, a atividade já se consolidou como uma das mais aguardadas no calendário escolar. “Esse circuito é um projeto aberto para todas as escolas da rede pública. Neste ano, reunimos cerca de 50 escolas expositoras e a previsão foi de receber aproximadamente 1.200 alunos, desde a educação infantil até o ensino médio”, detalhou.

Sandra explicou que o circuito não é apenas uma mostra de experimentos, mas um espaço que estimula os estudantes a desenvolverem senso crítico, criatividade e protagonismo. “A educação precisa primar pelo desenvolvimento pleno das crianças e adolescentes. Nada melhor do que puxar da cabecinha deles essas ideias e experimentos. A maioria do que está exposto aqui nasceu das próprias propostas dos alunos, que se sentiram motivados a transformar suas curiosidades em projetos científicos”, acrescentou.

Foto: Focus Produção de Imagem

O Sebrae no Distrito Federal é parceiro estratégico do circuito há três edições, oferecendo apoio em todas as etapas. Ana Emília Andrade, coordenadora e gestora do projeto Educação Empreendedora, afirmou que a instituição está presente em todas as 14 Coordenações Regionais de Ensino (CRE) envolvidas no circuito. “No nosso estande, oferecemos atividades maker, como uso da caneta 3D e jogos educacionais, sempre alinhadas ao tema do evento. Também desenvolvemos uma landing page em conjunto com a SEEDF (circuitocienciasedf.com.br), concentrando em um único local todas as informações e o regulamento sobre o Circuito de Ciências no DF”, pontuou Ana Emília.

Além disso, criamos um edital de premiação complementar para o circuito, que incentiva a participação majoritariamente de meninas, contribuindo para o equilíbrio de gênero em áreas historicamente sub-representadas e promovendo a inclusão. Há premiações para os primeiros colocados na etapa distrital e também para as escolas com maior número de projetos apresentados. Essa é a forma que o Sebrae encontra para prestigiar e potencializar a educação empreendedora nas escolas. Entre os projetos apresentados, chamou atenção a pesquisa dos alunos Ryan Costa, Rafael Lima e Arthur Siqueira, do 1º ano do ensino médio do Centro de Ensino Médio Paulo Freire. Com orientação do professor de matemática Piragibe Vieira da Paixão, eles trouxeram o tema “Água Sagrada”.

“Muitas vezes enxergamos a água apenas pelo valor biológico, mas ela também possui um valor simbólico, cultural e espiritual. Citamos povos indígenas, que têm uma ligação profunda com a água, e também religiões como o catolicismo, que usa a água no batismo. Nosso objetivo foi mostrar que, se considerarmos a água como algo sagrado, vamos tratá-la com mais respeito e menos desperdício”, contou Ryan.

O professor Piragibe reforçou o impacto pedagógico do projeto de conscientização. “Quando os alunos estudaram a água em sua dimensão simbólica, perceberam que ela não é apenas um recurso natural, mas também um elemento fundamental de identidade cultural. Esse entendimento amplia a consciência ambiental e ajuda a repensar atitudes diárias de consumo e preservação”, afirmou.

Outro grupo que se destacou foi o do estudante João Victor dos Santos, do 3º ano do ensino médio do CEMI do Cruzeiro. O projeto “IA em tudo” abordou como a Inteligência Artificial (IA) está transformando a comunicação, as mídias sociais e o mundo. Durante o ano letivo, eles criaram conteúdos digitais, experimentaram ferramentas de IA e discutiram ética, privacidade e autoria. Para alinhar ao tema do circuito, os alunos também produziram imagens geradas por IA que simbolizavam a relação da tecnologia com a água, usando avatares e composições visuais que remetiam à ideia de transformação e fluidez.

Foto: Focus Produção de Imagem

“Aprendemos que a inteligência artificial tem limites, principalmente éticos. Se usada da forma correta, traz muito mais benefícios do que riscos. Essa experiência me fez ter certeza de que quero ser programador e, no futuro, desenvolver novas soluções em IA”, disse João Victor.

O 14º Circuito de Ciências segue com mais etapas regionais em todo o Distrito Federal, que vão ser realizadas até o dia 12 de setembro. Ao todo, 14 etapas regionais serão promovidas, abrangendo diversas regiões administrativas do DF.

O cronograma completo, além de informações sobre regulamento, inscrições, orientações e materiais de apoio, está disponível no portal oficial: www.circuitocienciasedf.com.br.

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