Agência Sebrae de Notícias

O Sebrae no Distrito Federal realizou, na última quarta-feira. 15 de outubro, mais uma edição do Conexão ALI, reunindo empresários de diferentes segmentos em uma noite marcada por networking, aprendizado e troca de experiências. O encontro, que integra a Etapa Compartilhar do Programa Agentes Locais de Inovação (ALI), aconteceu no espaço Porto Cristal, no Park Way, e contou com a participação de empreendedores acompanhados pelo programa, agentes, consultores e representantes do Sebrae no Distrito Federal.

Na abertura, a diretora técnica do Sebrae no DF, Diná Ferraz, ressaltou a importância do evento como espaço de integração e crescimento coletivo. “O Conexão ALI é um dos momentos mais ricos do programa, porque ele traduz o propósito do Sebrae em ação, que é aproximar empresários, estimular a inovação e transformar conexões em resultados concretos. O ALI é um programa que acredita na força da cooperação, ao conectar empresas de diferentes segmentos, realidades e estágios de maturidade, mas que compartilham um mesmo objetivo, que é crescer de forma sustentável e inovadora’’, disse Diná.

“Essa é a essência do Sebrae: impulsionar o desenvolvimento local a partir do empreendedor”, completou a dirigente.

O ciclo atual, o segundo deste ano, teve início em julho, reunindo cerca de 470 empreendedores, acompanhados por 20 Agentes Locais de Inovação. De acordo com Rosimeyre Prado, gestora do projeto, esta etapa foi pensada para gerar negócios e novas oportunidades. “Os empresários vêm para apresentar seus produtos, serviços, fazer conexões estratégicas e até participar de rodadas empresariais temáticas”, disse.

Cerca de 180 empreendedores se inscreveram para esta edição e puderam acompanhar a proposta do encontro.

As rodadas foram organizadas em torno de quatro grandes áreas – tecnologia, pessoas, finanças e marketing – e conduzidas pelos agentes do programa. A cada rodada, os participantes mudavam de mesa, favorecendo a ampliação das conexões e o intercâmbio de experiências. “Eles tiveram três rodadas programadas de 20 minutos, podendo escolher o tema que mais interessava e trocar de mesa a cada rodada. Vi que estavam tão empolgados que decidimos oferecer a quarta rodada. Então, realizamos a quarta, detalhou Rosimeyre.

Para dinamizar o processo, os participantes registraram as conexões realizadas por meio de um QR Code nos crachás, disponibilizados pelo parceiro ProfPlay, que contabilizou os contatos feitos ao longo da noite. Aqueles com maior número de interações receberam premiações simbólicas, reconhecendo o engajamento e a colaboração.

Entre as empresas participantes, esteve a Pizzas Félix. Criada em 2020 pelo casal Edinilson Félix dos Santos e Lucimar Fonseca Corrêa, o negócio nasceu em Sobradinho como alternativa para complementar a renda familiar durante a pandemia. “A receita da massa vem da minha mãe, é um legado de mais de 30 anos”, contou Edinilson.

O empreendimento, que começou de forma artesanal, evoluiu com o apoio da família e a orientação do Sebrae no DF. Hoje, a marca conta com 27 pontos de revenda em diversas regiões do Distrito Federal e aposta, com apoio do ALI, em um modelo B2B para expansão, com smart stores instaladas em condomínios residenciais.

“No começo, a gente corria atrás. Hoje, as empresas é que nos procuram”, destacou o empresário. Com produtos de preparo prático e versões fit, sem carboidrato, a Pizzas Félix planeja expandir em até 40% nos próximos anos. “Estar com o Sebrae nos dá mais segurança para profissionalizar ainda mais o negócio e ampliar nossa área de vendas”, afirmou Lucimar.

Já na área da saúde, a Clinfec, clínica especializada em tratamentos infusionais e desospitalização, fundada pela médica Heloísa Muniz e pelo analista de sistemas Flávio Muniz, traz a proposta de evitar internações desnecessárias, oferecendo tratamentos hospitalares em ambiente ambulatorial.

“O hospital é o melhor lugar para quem precisa de suporte à vida. Mas para quem está estável, é o pior lugar possível. O paciente perde tempo, renda e qualidade de vida”, explicou Flávio.

A Clinfec oferece infraestrutura hospitalar completa fora do hospital, com equipe médica, protocolos e equipamentos e realiza atendimentos diários, das 7h às 19h, todos os dias da semana. O modelo, além de mais humano, é também 95% mais econômico para os planos de saúde. “O mesmo tratamento que no hospital pode custar R$ 1.600,00, na Clinfec sai por menos da metade desse valor”, destacou o empresário.

Com 70 convênios ativos e uma equipe de 40 colaboradores, a clínica também apoia pacientes com mobilidade reduzida e realiza curativos especializados. Por meio do Programa ALI, o casal se prepara para trabalhar na estruturação do modelo de franquias, visando levar a proposta para outros estados.

“Já ajudamos três empresas – em Salvador, Campo Grande e Palmas – a implantarem modelos semelhantes. Nosso objetivo é que, ao final do ciclo do ALI, estejamos prontos para expandir nacionalmente, ofertando o modelo que trabalhamos desde 2017”, afirmou Heloísa. A Clinfec já possui duas unidades, uma em Águas Claras e outra na Asa Sul.

Como parte da programação, o consultor sênior Iuri Xavier foi responsável por conduzir o momento de gamificação e orientar os participantes sobre técnicas eficazes de pitch empresarial.

Ao fim da programação do encontro, os empreendedores interessados puderam apresentar seus pitches no microfone aberto, em apresentações curtas que mostraram a criatividade, o propósito e o potencial inovador dos negócios.

O formato dinâmico favoreceu a integração entre empresas já consolidadas e empreendedores em fase de estruturação, estimulando novas parcerias e oportunidades.

Ainda para Rosimeyre Prado, o papel do Conexão ALI é o de catalisador de novos negócios e de fortalecimento da rede empreendedora do Distrito Federal. “É inspirador ver empresários tão diferentes compartilhando desafios, ideias e resultados. O programa tem mostrado que inovação não é um conceito distante. Ela está no cotidiano, na forma como as empresas se relacionam e aprendem juntas”, concluiu.

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