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Criatividade e aprendizado marcam a Feira do JEPP no Colégio Vitória Régia de Vicente Pires

Evento integra cultura empreendedora à rotina escolar e incentiva alunos do 1º ao 5º ano a transformarem ideias em negócios
Por Jamile Rodrigues | Clip Clap Comunicação
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No último sábado, 25 de outubro, as salas da Unidade 4 do Colégio Vitória Régia, em Vicente Pires, foram tomadas por cores, sons e cheiros que revelavam o resultado de meses de aprendizado. As crianças, animadas e orgulhosas, apresentaram os produtos criados especialmente para a Feira do Programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), iniciativa do Sebrae que incentiva o empreendedorismo desde a infância.

Nesta edição, o colégio reuniu cerca de 270 estudantes, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, em um grande evento que também abrigou a Feira Cultural Quatro Estações, voltada à educação infantil. Enquanto os pequenos autores participavam da manhã de divulgação de seus próprios livros, as turmas do Ensino Fundamental I transformavam salas, corredores e a quadra de esportes em verdadeiras lojinhas criativas. Havia velas aromáticas, difusores, brinquedos recicláveis, temperos, e até arroz carreteiro sendo comercializado.

À frente da escola há três meses, a diretora Kátia Almeida acompanhou com entusiasmo sua primeira feira do JEPP no Vitória Régia. “Fui da rede pública durante 27 anos e, depois de me aposentar, vim para o Vitória Régia. Já conhecia o JEPP de outra instituição e sempre achei o ideal do programa muito valioso, porque prepara a criança para a vida real. Aqui, pude ver de perto o envolvimento e a dedicação dos professores. O empreendedorismo faz parte da filosofia da escola e já está no DNA dos alunos”, afirmou.

Kátia destacou ainda o engajamento de toda a equipe: “Embora os professores estejam à frente da organização, os monitores e auxiliares também participam ativamente. É um trabalho colaborativo, de todos e para todos”.

Foto: Focus Produção de Imagem

Com quatro anos de experiência no projeto, a professora Laila Silva, do 4º ano, reforçou o quanto o JEPP evolui junto com os estudantes. “Foram 25 alunos envolvidos este ano, e o tema foi o artesanato a partir das produções culturais criativas. Eles pintaram jarros, quadros, porta-trecos, fizeram pulseiras… É uma turma que já vem com essa vivência desde o 1º ano, então o entusiasmo é natural. Durante o ano, desenvolvemos atividades práticas com o material do Sebrae, arrecadamos fundos e planejamos a feira. Eles aprendem a se organizar, trabalhar em grupo e administrar recursos”, explicou.

Entre os alunos, Vitória Alves, de 10 anos, viu no JEPP a chance de unir um hobby a uma possível profissão. “Gosto de fazer pulseiras e estou aprendendo crochê. O JEPP ajuda a transformar o que a gente gosta em um negócio. Dá para sonhar e fazer acontecer”, contou a estudante, que sonha em ser dentista, mas já pensa em empreender no futuro, como artesã.

O pai de Vitória, Victor Cruz, elogiou o impacto do projeto na formação da filha. “É incrível ver a Vitória entendendo sobre custos, finanças e a importância de poupar. Na minha época, a gente não aprendia isso. Ela já faz contas, entende lucro e até fala em investir. Esse tipo de ensino a prepara para a vida”, afirmou.

Já no 1º ano, a professora Deuzalina Filho viveu sua primeira experiência com o JEPP e garantiu que aprendeu tanto quanto os alunos. “Foi uma experiência muito rica. Trabalhamos com o mundo das ervas aromáticas – produzimos velas, sabonetes, cremes e difusores. Os alunos ficaram empolgados e colocaram a mão na massa de verdade. Alguns já tinham noção de dinheiro por conta de atividades em casa, e foi bonito ver como se envolveram do início ao fim”, disse.

Foto: Focus Produção de Imagem

Entre os pequenos empreendedores da turma, o carismático Benício Neiva, de 7 anos, foi um dos que mais chamaram atenção dos visitantes. Com um sorriso largo e a fala tímida, ele fazia questão de apresentar cada produto que sua turma preparou.

“Eu gostei de fazer as velas porque ficou tudo cheirosinho. A gente trabalhou muito para deixar bonito e vender bem. Quando as pessoas compram, parece que a gente fica importante”, disse o garoto, orgulhoso da própria conquista.

Sobre o JEPP

O programa foi implementado na unidade escolar com o apoio do Sebrae no Distrito Federal. E assim como em outras instituições de ensino que participam da iniciativa, os trabalhos para a realização da feira se estenderam ao longo do ano.

Ainda no primeiro semestre do ano letivo, a rede Vitória Régia abriu as portas para receber um time de consultores do Sebrae. A formação inicial ocorre na plataforma online, e o Sebrae visita as Unidades da Rede Vitória Régia para apoiar os professores, permitindo que eles possam replicar, em salas de aula, conhecimentos sobre diversas temáticas empreendedoras, como gestão financeira, atendimento ao cliente, marketing, criação de marca, entre outros assuntos relacionados ao universo de um pequeno negócio.

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