Por trás do sucesso da Panier Brasil, marca brasiliense que produz bolsas artesanais e leva elementos da brasilidade para países como Inglaterra e Japão, está o empenho e a dedicação da empreendedora Anna Chaves. Hoje, aos 39 anos, ela tem colhido os frutos de uma trajetória iniciada há 10 anos e que foi construída com muita resiliência acompanhada de uma pitada de intuição familiar.
A semente para criar a Panier Brasil surgiu de uma conversa entre Anna e sua irmã, Maria Laura Chaves. À época, o uso de bolsa de palha era tendência na moda por ser um item versátil para a maioria das combinações de roupas. “Estava na moda um modelo bem específico sabe. Mas ninguém aqui no Brasil sabia fazer. A ideia era de começar a produzir esse tipo de bolsa e assim foi feito”, relembra Anna.
O início de toda a trajetória da marca ocorreu no ambiente mais íntimo possível: o apartamento de Anna e logo depois do nascimento de seu primeiro e único filho, Bernardo Chaves. Naquele momento, a empreendedora pensava em um recomeço em sua vida, já que meses antes, havia encerrado a atividade de duas lojas que administrava, onde vendia roupas e acessórios de moda feminina. “Eu estava buscando por alguma ocupação em que eu pudesse ter flexibilidade de horário para ficar mais tempo com meu filho e, de alguma forma, ter uma boa renda”, conta.
Anna abraçou a sugestão de Maria Laura e, para dar forma aos primeiros modelos de bolsas, convidou Lady Peixoto, uma artesã, para a colaborar na produção. Juntas, elas transformaram os projetos embrionários em peças reais que rapidamente conquistaram o público.

Apesar de ter iniciado sua operação na casa de Anna, a estruturação da Panier Brasil rapidamente ganhou forma com o lançamento de um e-commerce próprio. Essa movimentação estratégica provou ser decisiva, impulsionando um aumento significativo nas vendas e permitindo que, em questão de meses, os produtos conquistassem clientes por todo o Brasil.
A evolução da marca também se refletiu na diversificação de seus materiais. Inicialmente focada na utilização da palha, que marcou suas primeiras criações, a Panier Brasil expandiu seu portfólio. As bolsas passaram a ser confeccionadas em outros materiais, como acrílico e fibra de sisal, demonstrando a capacidade da marca de inovar e adaptar-se às tendências e demandas do mercado.
Conciliar a crescente demanda da marca em franca expansão com as responsabilidades maternas foi um desafio e tanto para Anna. No entanto, em meio ao turbilhão de compromissos, ela encontrou um profundo senso de gratidão em sua nova rotina. “Eu me sentia muito grata justamente por isso porque era eu tinha um trabalho de que eu poderia ficar no computador com meu filho no colo”, relata Anna.
A trajetória da Panier Brasil ganhou um novo horizonte há cerca de um ano, quando a empreendedora iniciou conversas para internacionalizar a marca. Para isso, ela estreitou relações com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e com o Sebrae no Distrito Federal, sendo inserida no Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) no DF, solução destinada a apoiar as empresas locais na sua trajetória exportadora. Ao longo dessa trajetória de expansão internacional, Anna contou com o acompanhamento e o apoio de seu marido, Marcos Eurich.
Junto às instituições, Anna pôde compreender as exigências para exportar seus produtos, desde questões técnicas até a elaboração de um plano de exportação, que consiste em um mapeamento estratégico de toda a estrutura necessária para exportar produtos. Desse modo, a empresa cria um projeto visando sinalizar cada etapa, desde a produção até a chegada dos produtos ao seu destino final.

Hoje, a Panier Brasil exporta produtos para a Inglaterra e o Japão, além de já ter enviado para a França, em apenas um ano de atuação no mercado internacional. Apesar desse feito, Anna mantém a humildade e não se considera parte de um seleto grupo de exportadores. Para ela, exportar não é privilégio de grandes empresas, mas sim algo alcançável para pequenos negócios com produtos diferenciados e que valorizam a brasilidade. “Qualquer pessoa que se capacitar, apresentar um negócio diferente, pode exportar. Isso é para todos e não só para os grandes”, defende a empreendedora.
Com o apoio, do Sebrae e da ApexBrasil, a empreendedora trabalha, no momento, para encaminhar mais algumas bolsas para a Inglaterra e se preparar para uma rodada de negócios com empresários em Miami, nos Estados Unidos.

Embora já tenha alcançado importantes mercados internacionais, Anna tem olhado para o futuro de sua marca e estabelecido objetivos alcançáveis a curto, médio e longo prazo. Uma das metas, claro, é seguir expandindo a presença internacional da Panier Brasil. Um outro propósito é não esquecer de Brasília, cidade berço da marca. Para isso, Anna adianta que está desenvolvendo um projeto especial para o mercado local e que será anunciado em breve nos canais de comunicação da marca.
Serviço – Panier Brasil
Contato: 61 98638-1664
Redes Sociais: @panierbrasil, no Instagram
Site: www.panierbrasil.com.br
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