Inteligência digital é a capacidade de transformar dados em soluções de impacto econômico, social e ambiental. Essa é a especialidade da R5, ideia que começou a ser gestada nos laboratórios da Universidade de Brasília (UnB) em 2014 e que virou empresa, em 2016. “R de research, que é pesquisa em inglês, e 5 porque era o número de professores envolvidos no primeiro projeto, que foi a gênese do negócio”, conta o CEO do empreendimento, Fábio de Souza.
Desde o início, a sede da empresa fica na Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos, no Campus Universitário Darcy Ribeiro da UnB. “A sinergia é muito grande com a academia. É ciência aplicada como em seu conceito original”, completa Souza. A R5 está participando ativamente do Projeto Setorial TIC do Sebrae no DF, estabelecendo conexões estratégicas e fortalecendo seu desenvolvimento.

Há nove anos, três dos cinco professores decidiram tocar a R5. Em 2020, no entanto, a pandemia afetou duramente as operações e a empresa acabou fechando as portas. “Eu estava na área pública, e em 2024, quando decidi sair, reabri-a sozinho, mas ficou o nome para manter o legado histórico”, diz o CEO.
Como remanescente do grupo inicial, Fábio de Souza, que já foi secretário-executivo de Ciência Tecnologia e Inovação do Distrito Federal, também é grande responsável pela parceria estratégica entre a R5 e o Sebrae no DF e o Sebrae Nacional. “Fui gestor de TI a vida inteira, desde o meu estágio. Ao longo da minha carreira, portanto, sempre tive de lidar com o setorial, e o Sebrae gosta muito de atuar com essa visão. Na R5 buscamos transformar tecnologia em impacto mensurável, conectando inovação, dados e inteligência digital para gerar crescimento econômico e eficiência em organizações públicas e privadas”, conta.
Do corpo de 60 colaboradores que a R5 mantém, cerca de 30% é formada por mestres e doutores. “Carregamos a mesma vocação por rigor técnico, inovação e impacto real do princípio”, sustenta Souza. Há ainda especialistas em dados e executivos com trajetória sólida no mercado privado e na gestão pública. “Combinamos o olhar analítico da ciência com a agilidade do mercado e a visão social. Somos uma empresa movida por inteligência, liderada por quem entende o que está por trás dos sistemas e das decisões”, sustenta o executivo.

Atualmente, a R5 trabalha em três guarda-chuvas: soluções em tecnologias; suporte a decisões e soluções em cloud. Oferta suporte ao Sebrae Nacional, por exemplo, em ciência de dados para auxiliar a tomada de decisões em um projeto para o baixo Amazonas. “É um modelo de decisões mais elaborado, muito valorizado atualmente”, define. “Somos parceiros do Sebrae naquilo que eu chamo de fazer a roda girar. Entramos com a camada de informação e eles com toda a articulação”, acrescenta.
Entre as outras soluções oferecidas pela R5 estão: otimização de processos e redução de custos; automação inteligente de tarefas e rotinas; análise preditiva para tomada de decisão; modelos de avaliação de políticas públicas e impacto social; recomendações personalizadas para clientes e usuários; detecção de padrões, fraudes e riscos operacionais; integração e visualização de dados em tempo real e criação de dashboards, painéis e relatórios inteligentes, entre outras.
Apesar de toda a bagagem, Souza vê a R5 como uma “empresa nova, que precisa crescer na economia e mercado”. E, para ele, é “extremamente importante a nossa parceria com o Sebrae no DF para que esse crescimento ocorra”.

Para alcançar esse objetivo, a participação no Projeto Setorial TIC tem sido fundamental. O empresário já pôde aproveitar oportunidades de networking, capacitação e visibilidade em eventos como o TIC Day e o Café com Negócios & Conexões.
O TIC Setorial
O Sebrae DF tem se empenhado em fortalecer o ecossistema local de tecnologia da informação, provedores de internet, games e startups de base tecnológica por meio do Projeto Setorial TIC. Iniciado em janeiro deste ano, o projeto já realizou três edições do TIC Day, reunindo mais de 400 empresários do setor.
Os eventos contaram com uma programação robusta, com 17 palestras e sete workshops que abordaram temas como o futuro da tecnologia, o impacto da inteligência artificial, apresentações de programas e parcerias do Sebrae, além de oficinas e painéis de discussão sobre diversos aspectos do setor.
Para ampliar a visibilidade das empresas de TIC e startups do Distrito Federal, o Sebrae também participou ativamente da 7ª Mostra Brasília + TI, organizada pelo Sindicato da Indústria da Informação do Distrito Federal (Sinfor/DF), com a arregimentação de 16 expositores de soluções.
Segundo a gestora do projeto, Claudia Bonifácio, o principal objetivo é incrementar o faturamento dessas empresas, utilizando esse indicador como métrica central para avaliar o impacto das ações.
O Projeto Setorial TIC seguirá promovendo capacitações e eventos até dezembro de 2025, e dará continuidade às atividades em 2026.

